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Enviada em: 19/04/2019

A Terceira Revolução Industrial ficou conhecida como revolução técnico-científico-informacional e foi um marco na difusão da internet. Desde então, os domínios virtuais cresceram exponencialmente e a rede mundial de computadores se tornou presente em grande parte dos lares brasileiros. Nesse contexto, diante do fácil acesso que ela oferece, as crianças podem se tornar vítimas por não terem capacidade cognitiva suficiente para filtrar os conteúdos. Logo, é necessário que haja um controle parental para dosar essa influência e evitar a exposição nociva das crianças ao mundo virtual.       A princípio, é preciso entender a importância do acompanhamento dos pais no que os filhos fazem on-line. Sob essa perspectiva, ao trafegar na internet, muitas vezes, as crianças são expostas a conteúdos inadequados à sua idade. Desse modo, em sites como o Youtube, por exemplo, ao final de um vídeo, outros que a própria plataforma sugere se iniciam automaticamente, o que pode ser perigoso para os menores. Recentemente, foi noticiado que nesse mesmo site estava circulando um vídeo no qual uma boneca de nome "Momo" ensinava técnicas de suicídio às crianças. Tal vídeo foi denunciado e, depois de alguns dias, foi retirado do ar. Isso demonstra como a supervisão dos responsáveis é indispensável e importante para evitar influências que coloquem a vida das crianças em risco.       Por outro lado, é vital manter um equilíbrio nesse controle. Dentro dessa lógica, na ânsia de protegerem seus filhos, alguns pais limitam demais o comportamento das crianças. Por essa razão, eles podem se sentir sufocados e passar a esconder fatos de seus pais, o que é igualmente perigoso. Nessa conjuntura, a escola pode ser aliada no sentido de ensinar as melhores abordagens aos pais e métodos de os filhos se protegerem na internet. Com efeito, isso vai ao encontro do pensamento do sociólogo A. Giddens. Ele caracteriza a família como a primeira instituição responsável por inserir a criança na sociedade e a escola como uma das instituições que finaliza o processo de socialização, sendo decisiva, inclusive, nesse contexto.       Fica claro, portanto, que é de suma importância acompanhar o comportamento das crianças na internet. Para ajudar nesse feito, a Anatel, junto do Ministério Público, deve criar uma diretriz que obrigue as empresas a vistoriarem seus conteúdos on-line e a apagarem, sob pena de multa, os que forem inadequados às plataformas. Ademais, cabe à Secretaria de Educação criar semanas temáticas sobre o assunto nas quais, por meio de palestras, teatros e rodas de discussão, sejam ensinadas aos pais maneiras adequadas de vistoriarem seus filhos, bem como comportamentos a serem evitados no âmbito virtual para as crianças. Assim, a internet será um ambiente seguro e diversificado para internautas de todas as idades.