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Enviada em: 19/04/2019

Em um de seus episódios, o seriado norte americano Wife and Kids, retrata a história de Claire, uma jovem que marca um encontro com um desconhecido no ambiente virtual. Não obstante, graças ao monitoramento de seu pai Michael frente as ações da filha na internet, impede a garota de comparecer ao date. De maneira análoga, manifesta-se hodiernamente, o controle parental pela utilização da tecnologia, não obstante, um questionamento se manifesta em voga, até que ponto a privacidade desses indivíduos pode ser violada para garantir-lhes segurança.      A priori, é imperioso analisar os altos riscos que as crianças enfrentam ao desbravar o ambiente virtual. Recentemente, o jornalismo da Tv Record apontou os principais crimes pelos quais esses cidadãos estão sujeitos, se destacando o acesso a conteúdo para maiores e a pedofilia, que apresenta-se como principal. Por se tratar de um local de participação global, a internet é a primordial arma utilizada por muitos pedófilos para atrair suas vítimas que ao passarem-se por outros jovens, torna-se praticamente irreconhecível para esses o perigo que estão enfrentando. Frente isso, faz-se necessária que exista uma supervisão parental.       Outrossim, é imperativo existir um acompanhamento das famílias no acesso de conteúdos no meio digital. Essa ação é de extrema necessidade para garantir a segurança dos jovens, a problemática apresenta-se a partir do momento em que existe - por parte dos familiares - uma invasão excessiva neste monitoramento. Tomando-se como exemplos, muitas utilizam de aplicativos que gravam tanto o áudio, quanto a tela do aparelho das crianças, não bastasse, ainda aplicam sistemas de geoposicionamento global. Vinculando-se à cultura pop, essas ações assemelham-se fortemente a um episódio de Black Mirror, em que uma mãe superprotetora instala um chip no cérebro da filha com o intuito de sentir e ver tudo o que a jovem passava, tratando-se de uma atitude doentia.        Diante da problemática abordada, faz-se necessário, portanto, que o Ministério da tecnologia, aliado a profissionais da TI criem filtros capazes de identificar conteúdos possivelmente de natureza pedófila. Para isso, logaritmos devem ser utilizados para construir uma base de informações de potencial risco e de natureza sexual para crianças e adolescentes. Tais filtros serão aplicados em sites e redes sociais de comum acesso entre essa parcela. Ademais, é necessário que exista nas famílias uma conscientização a cerca dessa superproteção ao qual faz seus jovens sujeitos. Pois, como afirmou John Locke - filósofo e pensador iluminista – o ser humano é como uma tábula rasa, onde as experiências e conhecimentos o moldam, em virtude disto, as famílias são as responsáveis por garantirem essa experiência e tais conhecimentos.