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Enviada em: 21/04/2019

Percebe-se que desde o Iluminismo uma sociedade só evolui quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o alto índice de desdenho da sociedade em relação aos riscos que as tecnologias propiciam às crianças no país, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não, desejavelmente, na prática. Devido isso, a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nesse contexto, convém analisar as principais causas de tal postura negligente para com a sociedade brasileira.    Primeiramente, é inegável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo da educação, Paulo Freire, se a educação, por um lado, não altera o mundo, por outro, sua ausência torna inviável qualquer mudança. De maneira análoga, tal fato se reflete nos ínfimos investimentos governamentais em medidas na base educacional que incentivem o ensino em escolas públicas sobre a importância da instrução sobre os perigos que rondam os meios tecnológicos no Brasil e, devido à falta tanto de administração quanto de fiscalização pública, por parte de algumas gestões, isso não é firmado.    Por conseguinte, atrelado à falta de investimentos governamentais na educação brasileira, a grande ausência do controle parental em relação às crianças na internet é impulsionador desse impasse. Nesse sentido, o sociólogo Durkheim afirma que o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Ao seguir essa linha de raciocínio, nota-se que é de extrema necessidade que ocorra uma mudança da mentalidade social para que haja uma transformação gradativa das atitudes sociais à cerca de tal ação prejudicial.    Portanto, é mister que indivíduos e instituições públicas cooperem para atenuar a problemática. Para que ocorra a conscientização da sociedade brasileira a respeito do problema, é necessário que o Ministério da Educação e Cultura (MEC), juntamente, com o Governo Federal, realize campanhas de abrangência nacional, por meio de redes televisivas e sociais sobre a urgência de combater crimes virtuais que ocorrem diariamente via internet, além de implantar leis que aumentem as verbas públicas destinadas à fiscalização virtual de menores de idade, a fim de que haja uma maior proteção das crianças e adolescentes no país. Somente assim, o Brasil se tornará uma nação que pratica os ideais iluministas, o que beneficiará toda a sociedade.