Materiais:
Enviada em: 24/04/2019

O processo de globalização e o avanço da tecnologia possibilitaram um acesso cada vez mais cedo à internet pelas crianças. Assim sendo, os jovens que começam a utilizar desses meios muito cedo, sem o devido acompanhamento dos pais, tornam-se mais suscetíveis a encontrar conteúdos de caráter adulto ou que incitem a violência. Dessa forma, o monitoramento parcial por parte dos pais, através de aplicativos online, e o ensinamento de como usar a internet de maneira correta por parte da Escola são algumas das medidas preventivas utilizadas para evitar certas problemáticas advindas do uso indevido da internet pelas crianças.         A priori, é importante enfatizar o monitoramento dos pais para com seus filhos via aplicativos online, algo que, muitas vezes, pode se torna invasivo, dependendo da idade do jovem. No episódio “Arkangel”, da popular série Black Mirror, uma mãe muito protetora decide implantar um chip no cérebro de sua filha para controlar, através de um "tablet" e um aplicativo, tudo que a criança possar ver ou sentir. Sendo assim, é possível relacionar essa citação com uma problemática atual: o controle parental na internet, no qual os pais utilizam de aplicativos para fiscalizar tudo que seus filhos fazem online, algo que, até certo ponto e idade, é necessário para evitar que as crianças acessem sites impróprios. Isto posto, o controle dos pais com seus filhos deve ser parcial, sempre controlando o que seus filhos veem, sem, contudo, invadir sua privacidade.       Outrossim, o papel da escola nesse aspecto é fundamental. De acordo com o educador Paulo Freire, a criança necessita de autonomia, em algumas situações, para o desenvolvimento de áreas do conhecimento cognitivo. Desse modo, é essencial a participação da Escola nesse âmbito, ao ensinar seus alunos a utilizarem a tecnologia de maneira consciente, alertando para certos perigos, como pedofilia, violência, etc. Logo, as crianças serão capazes de utilizar os meios tecnológicos de uma forma segura e branda, não disponibilizando dados pessoais ou fotos a desconhecido.      Ficou evidente, portanto, a importância da participação das instituições educacionais na conscientização de pais e filhos acerca do controle parental na internet. Logo, faz-se necessário que o Ministério da Educação promova, por meio de palestras e debates, um diálogo com os pais sobre até que ponto e como se deve fazer a fiscalização de seus filhos na internet, o que evitará, então, a invasão da privacidade dos jovens. Ademais, também é papel da Escola informar seus alunos sobre os perigos que se encontram no mundo online, a partir de aulas e diálogos que evidenciem tais problemáticas, para que, assim, os jovens usem da tecnologia de maneira consciente e segura. Por conseguinte, os jovens terão mais segurança e privacidade, e os pais mais tranquilidade.