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Enviada em: 23/04/2019

A Terceira Revolução Industrial foi marcada pelas conquistas oriundas do campo informacional, advindas, principalmente, do desenvolvimento da internet. Na contemporaneidade, por sua vez, a web está cada vez mais acessível e, por isso, percebe-se que as crianças podem ser expostas a conteúdos que são inapropriados para sua faixa etária. À vista disso, o controle parental quanto ao uso da tecnologia gera hesitações quanto a validação desse comportamento, os quais se expressam entre em ser uma forma de prevenção ou de invasão à privacidade das crianças. Dessa maneira, urge a necessidade de analisar essa situação de dubiedade.            A priori, a Constituição Cidadã, por meio de artigos e de dispositivos, elucida que é dever do Estado e da família fornecer à criança condições adequadas ao seu desenvolvimento, mediante o dever de protegê-la contra qualquer forma de negligência, exploração e violência. Nessa lógica, que se insere  a proteção parental como uma forma de proteção, no intuito de salvaguardar a criança de eventuais perigos que o acesso indiscriminado à internet pode acarretar. Consoante a isso, é sabido que muitos pedófilos utilizam a internet como uma ferramenta para efetivar suas ações, conforme consta em diversos relatos de vítimas que foram tragadas por conversas, especialmente, na web.           No entanto, os métodos pedagógicos de ensinos, alicerçados, principalmente, no educador Paulo Freire, evidencia que a criança necessita de autonomia, em algumas situações, para o desenvolvimento de áreas do conhecimento cognitivo, tanto que as atividades lúdicas, que exploram essa independência, são utilizadas com o objetivo de alcançar características como a confiança, a qual pode ser um fator que dificultará o desenvolvimento de doenças psicossomáticas na fase adulta, por exemplo. Assim, o controle de forma demasiada pode se tornar um problema, que impedirá a criança de aflorar habilidades, ao torna-se, desse modo, uma invasão à privacidade e, por fim, um perigo.             Logo, cabe às ONGs- Organizações não Governamentais- elaborarem palestras para os pais, com o intuito de estabelecer um controle parental de forma saudável, a qual seja eficaz à proteção da criança contra perigos que o acesso a internet proporciona, sem se tornar, por conseguinte, uma invasão à privacidade. Para isso, é favorável convidar pedagogos e sociólogos para clarificar sobre essa questão e, consequentemente, apresentar medidas como a utilização de aplicativos que bloqueiam conteúdos impróprios para idade, além de maneiras de identificar conversas suspeitas na rede. Dessa forma, atenuar-se-á as dúvidas geradas quanto a validação do controle dos pais, no que tange, o uso de tecnologias pelas crianças.