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Enviada em: 24/04/2019

No livro 1984 de George Orwell, é retratado um futuro distópico em que um Estado totalitário controla e manipula as informações que devem chegar até a população. Consoante a isso, fora da ficção, a popularização do uso das tecnologias pelas crianças causa controvérsias em relação à ação dos pais. Com uma proibição iminente, até que ponto tal medida invadiria a privacidade destas?      Em primeiro lugar, os usuários das tecnologias são expostos a uma gama ilimitada de conteúdos. Assim, tal ferramenta nas mãos de indivíduos incapazes de distinguir o que lhe convém ou não, pode acarretar problemáticas inúmeras, pois o acesso a informações impróprias para a idade para a faixa etária, rompe precocemente o período da infância. Desse modo, a ação de proibir dos pais em muitos casos, principalmente em crianças menores de 10 ou 12 anos não poderia ser considerada até então, uma invasão de privacidade, uma vez que estes ainda não possuem discernimento o suficiente.      Outro ponto relevante, nessa temática, é o conceito de dialética proposto por Platão, que procura ouvir e expor suas ideias. Dessa forma, o pré-adolescente ao ter passado por constantes conversas e uma sólida educação, acaba por perpetuar uma noção de certo e errado, e além de gerar a confiança paterna e materna, terá plena privacidade. Ou seja, é necessário a construção de uma consistente relação entre pai e filho.       Portanto, para que nada seja manipulado quando o indivíduo possuir discernimento o suficiente, como ocorre na obra 1984, é necessário ação. É fundamental que os pais procurem desde muito cedo construírem uma relação sólida com os filhos, o que pode se iniciar por meio de diálogos e demonstrações de confiança. E restringir o acesso de crianças muito novas a tecnologias, mas explicando sempre os motivos que decorre tal ação.