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Enviada em: 25/04/2019

No clássico Romeu e Julieta, de Shakespeare, o jovem casal sofre com as consequências de um amor proibido e controlado por seus pais. Fora da ficção, após o marco da internet no mundo contemporâneo, o excessivo controle parental exercido sobre as crianças on-line vem prejudicando o desenvolvimento de um senso crítico na nova geração. Um cenário como estes, em que os mais jovens não sabem discernir o certo e o errado, evidenciam que algo deve ser feito para reverter essa situação.   Em primeira análise, deve-se observar que os pais nunca querem ver seus filhos em uma situação embaraçosa. No entanto, quando o excesso de proteção inibe o contato com os pontos negativos, mesmo que por uma boa intenção, acaba criando um senso de ingenuidade que dificulta a observação de malícia e más intenções desde pequenos. Assim sendo, a geração Y e Z, como ficaram conhecidas, estão tornando-se cidadãos infantis e despreparados para os problemas cotidianos.    Ademais, o incentivo do uso de aparelhos eletrônico por parte dos pais é outro fator preponderante. É comum observar um pai oferecendo ao seu filho a possibilidade de assistir algum desenho ou jogar alguma coisas no celular, por um momento de descanso. O que muitas famílias acabam não percebendo, contudo, é que a criança fica sozinha, sem ninguém para brincar ou para contar sua aventura do dia, e é assim, se aproveitando desses momentos, que os pedófilos conseguem contato com elas.    Torna-se claro, portanto, que a superproteção das crianças na internet está gerando danos ao desenvolvimento infantil. Nesse sentido, cabe às instituições de ensino, por meio de gincanas interativas envolvendo pais e filhos, instruir os responsáveis a ensinar o uso consciente das redes, deixando claro aos mais jovens os riscos que o mal uso delas prode trazer. Outrossim, as famílias devem dedicar mais tempo às crianças, para que elas percebam que é em casa que elas podem ser e contar o que quiserem. Talvez, com atitudes como essas, o romance de Shakespeare teria, finalmente, um final feliz.