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Enviada em: 02/05/2019

“O controle parental e a tecnologia: prevenção ou invasão de privacidade”       A ONU determina que o acesso à internet é um direito humano essencial à cidadania, mas o mundo online é livre de filtros e pode expôr a criança a uma gama de pessoas e conteúdos e nocivos. Assim, é imperativo criar mecanismos protetores nesse momento em que a criança ainda não aprendeu a defender-se.       A pedofilia talvez seja a maior preocupação dos pais quanto aos filhos em redes sociais. O problema adquiriu tamanhas proporções que, em 2014, Dilma Rousseff sancionou a lei que tornou crime hediondo a exploração sexual de menores, deixando clara a importância de algum controle parental.       No Brasil, uma pesquisa mostrou que 40% das já tiveram acesso a conteúdos adultos, e 20% estiveram contato com materiais que fomentam a violência, como os acessados pelo menor coautor do massacre em Suzano, em São Paulo. Apesar disso, 20% dos pais exercem algum controle sobre o acesso dos filhos à rede de dados.       Além de orientar os filhos a não divulgarem informações privadas em redes sociais, os pais podem contar com aplicativos que permitem monitorar o geoprocessamento, o acesso a conteúdos e até mesmo conversas em redes sociais. Mas relatos indicam que esse controle tem de ser planejado, pois algumas vezes a criança sente-se invadida e foge dessa proteção.       Como a criança é protegida pelo estado, cabe a este coordenar os órgãos governamentais afim de proteger o menor. Primeiro, deve-se inserir o tema nos currículos escolares, que é o ambiente formal de educação da criança. Depois, é imperativo desenvolver e/ou indicar softwares que auxiliem o controle parental, disponibilizando-os páginas como a do Ministério da Educação. Finalmente, o principal é que o governo crie campanhas informativas que atinjam os pais, conscientizando-os da importância da orientação parental e como exercê-la sem desrespeitar o espaço da criança. Tais campanhas devem ser veiculadas em redes sociais e em meios de comunicação convencionais, como televisão e rádio.