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Enviada em: 12/05/2019

A internet é a maior fonte de conhecimento e também o maior meio de comunicação disponível. Nascidas na era digital, as crianças têm bom manejo dessa tecnologia e sabem utilizá-la sem o apoio técnico dos pais. No entanto, os conteúdos da rede são às vezes inadequados para quem os acessa, além de haver outros perigos ao público infantil, como a aproximação de usuários mal intencionados. Preocupados coma  segurança de seus filhos, alguns pais utilizam aplicativos que permitem controlar o uso da internet. Embora seja uma boa solução numa primeira análise, o uso desses programas pode prejudicas a relação familiar.        Uma pesquisa revelou que 1 em cada 5 crianças já acessou conteúdos indesejados, alguns sobre violência, inclusive. Isso justifica a iniciativa parental de vigiar e restringir a navegação dos filhos. O Estatuto da Criança e do Adolescente coloca como dever de todos, não só dos pais, velar pela dignidade da criança, protegendo-a de qualquer tipo de violência ou ameaça à sua integridade psíquica e física. Tendo em vista que a internet apresenta diversos conteúdos potencialmente nocivos, dentre outros riscos para a criança, as ferramente de controle parental podem ser eficazes, auxiliando na proteção do incapaz no contexto cibernético.       Entretanto, é importante que sejam utilizadas como medida complementar, mas não única, ao enfrentar esse desafio. Ao optar por apenas monitorar e limitar a navegação do filho, corre-se o risco de ferir tanto a liberdade quanto a privacidade da criança. Isso pode gerar uma situação desarmoniosa no núcleo familiar, enfraquecendo relações imprescindíveis para condução desse problema, como a relação de confiança. É preciso que o filho se sinta protegido e seguro, mas não restrito ou vigiado pelos pais.       Diante do exposto, pode-se dizer que certas iniciativas podem ajudar a prevenir situações perigosas para o público infantil em relação ao uso das redes, respeitando sua privacidade. É interessante que a escola promova palestras para pais e alunos, abordando o tema de forma a conscientizar ambos de sua importância, ensinando também os adultos a estabelecer diálogos em família, fortalecendo a relação de confiança entre pai e filho. É importante também que o Ministério Público incentive fortemente a criação de versões infantis para os principais "sites" acessados por esse grupo, o que já é feito pelo Youtube e pelo serviço de "streaming" Netflix. Assim, busca-se promover a segurança e o bem estar infantil no contexto digital.