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Enviada em: 27/08/2019

No livro 1984, de George Orwell, o líder, Big Brother, é o responsável por vigiar tudo que acontece na cidade, por meio de teletelas. O monitoramento é feita de maneira tão agressiva que passa a interferir prejudicialmente na vida íntima das pessoas. Analogamente, o controle parental é tido como forma de prevenção das crianças, mas quando esse se torna excessivo, passa a ser uma invasão à privacidade.     Em primeiro lugar, é importante que os pais saibam o que os filhos acessam. Essa vistoria é fundamental para que as crianças não se exponham demasiadamente e não visualizem conteúdos que não são adequados para sua faixa etária. No Brasil, segundo estudos da Intelbras, uma em cada cinco crianças já acessou algum material indesejado pelos pais. Portanto, os menores não devem ter um acesso totalmente livre à internet, uma vez que não tem maturidade suficiente para locar com essa.      Por outro lado, esse controle não pode deixar as crianças desconfortáveis. Por exemplo, no episódio Arkengel, da série Black Mirror, a mãe consegue ver tudo o que a filha faz por meio de um chip implantado na menina; essa vigilância faz com que a garota se irrite e agrida a própria geradora. Ou seja, é certo que deve haver um limite ao controle dos pais para que não afete a privacidade dos pequenos.      Por fim, é inviável que os progenitores censurem todo conteúdo e controlem seus filhos de maneira acirrada. De modo que cabe aos pais, por meio de aplicativos que atendam suas necessidades, ter contato com o que foi acessado pelo filho sem agredir sua intimidade. Ademais, é da responsabilidade dos mesmos agentes, mediante a diálogos, ensinar a prole sobre os riscos da internet e como acessá-la com segurança, para que dessa forma a prevenção seja feita de maneira mais altruísta.