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Enviada em: 12/06/2019

Com o advento das mídias sociais, problemas surgem em decorrência das mudanças sociais proporcionadas. Esses problemas incluem a crescente preocupação com a privacidade e segurança online. Tais fatores, somados com a tentativa de dominação sobre os filhos, geram contradição na fiscalização parental quanto a utilização de tecnologias. Por esse motivo, o debate sobre o caráter preventivo ou invasivo dos pais às crianças é de extrema importância para a resolução do problema.   Primordialmente, é evidente que instabilidade nas relações familiares é elemento potencializado pelas novas tecnologias. As crianças não são naturalmente possuidoras de consciência de papeis sociais, que inclui as interações sociais pela internet, e devem ser socializadas pela Instituição Social da Família. Tal pensamento pode levar a solução simplificada e comum: o controle parental. Em oposição, esse causa hostilidades no plano emocional e pode danificar a transmissão de valores sociais para jovens, causando assim uma deficiência na socialização essencial para a coercitividade da comunidade. Dessa forma, a intromissão dos pais não é somente invasão de privacidade, mas também prejudicial ao processo de socialização.   Em segundo plano, a liberdade individual em oposição ao controle monopolizado é crucial para a manutenção da harmonia nas relações familiares. Os filósofos Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau dualizavam esse pensamento, enquanto aquele acreditava no Estado com o monopólio da violência, com os indivíduos não possuindo capacidade de autogoverno, este cria na liberdade individual e bondade inata do ser. Paralelamente à essa polarização, o conceito de controle parental é concomitante ao monopólio da violência e suposta incapacidade da criança de se autogovernar, ao passo que a conduta de respeito a privacidade é equivalente a preservação da liberdade e confiança. Mesmo que a ingenuidade infantil na internet seja considerada, a retirada de autonomia da criança ainda é desrespeito ao intelecto e dúvida da educação que os próprios pais deram.   Por esse motivo, a necessidade de uma educação voltada ao uso consciente de redes sociais e como se comportar nessas é crucial para o bem-estar geral dos pais e filhos na sociedade. Dessa maneira, é de responsabilidade governamental, especificamente do Ministério da Educação, possibilitar o ensinamento das vantagens do uso consciente da internet, assim como alertar sobre seus perigos. Como resultado, as crianças estariam seguras de ameaças online e os pais tranquilizados em relação ao uso indevido de mídias sociais. Assim, o controle parental não seria pensado como solução para os malefícios da idade digital moderna.