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Enviada em: 23/06/2019

É dever da família, comunidade e sociedade proteger a criança. Essa premissa faz parte do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), inclusive quando se trata do uso das tecnologias. Sendo assim, o controle dos pais se faz necessário para a proteção dos infantes, haja vista o risco à segurança e à sedução comercial a que são expostos.        Em primeiro lugar, cabe ressaltar que a ampliação do acesso aos meios de comunicação tecnológicos possibilitaram uma maior autonomia da criança na busca de informações. Entretanto, essa autonomia pode oferecer riscos à segurança, visto que, na internet, pode haver pessoas que queiram se aproveitar da inocência infantil, aliciando-as para produzir produtos pornográficos ou as incluindo no tráfico de pessoas. Em consonância aos pensamentos do filósofo Rousseau que afirma que todos os homens nascem bons mas a sociedade os corrompe, é preciso que os pais atentem-se a esses meios de corrupção na internet e observe os conteúdos acessados por seus filhos.         Em segundo lugar, é preciso compreender que a sedução do consumo está entre as causas do problema. Segundo Jean Paul Sarte "somos condenados a ser livres", sendo, na atualidade, a maciça propaganda de consumo nos meios virtuais uma dessas condenações. Ainda mais Intensificada quando o consumidor é uma criança, que não tem maturidade para discernir entre o necessário e o desejado. Dessa forma, limitar o acesso a essas propagandas é uma medida urgente para garantir o desenvolvimento intelectual saudável e a educação de futuros consumidores criteriosos.         Fica evidente, portanto, que os pais devem intervir no uso da tecnologia para proteger seus filhos. para isso a família deve instalar aplicativos nos computadores, celulares e tablets das crianças para bloquear o acesso à conteúdos impróprios para a idade, enviando alertas de acesso a sites ou contatos suspeitos aos emails cadastrados dos responsáveis. Ademais, o Conselho Tutelar de cada região deve incentivar o uso desses aplicativos, divulgando-as por meio de campanhas televisivas e ainda manter uma lista atualizada dos sites, jogos e aplicativos suspeitos para que os pais possam consultar. Dessa maneira, poder-se-á proteger a infância sem que a criança perca o contato com as inovações contemporâneas.