Enviada em: 14/07/2019

Devido à popularização da internet e aos  inovados recursos tecnológicos, crianças e adolescentes têm acesso cada vez mais cedo ao mundo virtual. Isso os coloca em contato com os benefícios e, concomitantemente, com os malefícios das navegações. Por conta disso, muitos pais, pensando na segurança dos filhos, controlam, excessivamente, a acessibilidade à internet, de forma a invadir a privacidade deles.  Segundo dados de uma pesquisa divulgados pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, 65% das crianças de 5 a 9 anos usam algum aparelho móvel e 57% acessaram alguma vez na vida um computador. Somado a isso, os pais, em sua maioria, não colocam limites nos filhos no uso da tecnologia e, muitas vezes, incentivam os pequenos dando-lhes aparelhos avançados com uma infinidade de recursos.   No entanto, o uso em demasiado desses meios de comunicação pode causar ansiedade e dependência, como afirma o psicólogo Rodrigo Nejm, diretor de educação da associação Safenet, uma entidade de referência nacional no enfrentamento aos crimes e violações aos Direitos Humanos na internet. Alguns internautas alegam usar para reforçar os estudos,  mas o excesso pode prejudicá-los na perda de sono e, consequentemente, acarretará dificuldade de concentração em sala de aula.    Portanto, diante do exposto, segundo especialistas, é imprescindível o acompanhamento dos pais na vida virtual dos filhos até que eles tenham maturidade, mas com o conhecimento deles. Ademais, deve haver  constantes diálogos  sobre a importância de se navegar com segurança e, por isso, tomarem as medidas necessárias, como o bloqueio de sites inadequados. Outro fator não menos importante é a imposição de limites desde o primeiro contato com esse meio de comunicação, demonstrando os benefícios para o bom convívio familiar. Além disso, o Ministério da Educação, em parceria com as instituições de ensino, deve promover campanhas educativas, no ambiente escolar e nas redes sociais,  direcionadas às crianças e adolescentes, reforçando essas medidas.