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Enviada em: 28/07/2019

Na série norte-americana "How to get away with murder", é retratada o cotidiano da advogada Analise Keatching, essa implementa um chip em sua filha ainda bebê capaz de controlar sua visão de mundo, o que a priva de algumas atividades com os colegas, a mesma desencadeia problemas psicológicos na adolescência que a leva ao suicídio. Analogamente, fora da ficção, tem-se a relevância do controle parental ao uso das tecnologias como um meio dos responsáveis conseguirem proteger seus filhos do perigo da internet. Todavia, o abuso desse "poder" pode proporcionar aos juvenis problemas de socialização e psicológicos.        A priori, pontua-se sobre o contato cada vez mais cedo das crianças com os aparelhos tecnológicos, a partir dessa utilização precoce surge a necessidade dos responsáveis monitorarem as atividades infantis realizadas no campo virtual com o intuito de protegê-los de problemas, como cyberbullying, pedofilia e sextorsão digital. Segundo pesquisas realizadas pela USP, anualmente são registrados cerca de 150.000 casos os quais envolvem pedofilia virtual com usuários menores de 14 anos. Nesse sentido, fica nítida a necessidade de censurar alguns conteúdos presentes na rede, para assim conseguir preservar a saúde mental do menor de forma construtiva e, por conseguinte, contribuir para a formação do seu caráter, como previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente ( ECA).             Outrossim, tem-se o controle excessivo pelos pais como um dos colaboradores para a extensão da problemática, uma vez que tal ação pode excluir o filho de certas atividades ou o constranger no âmbito familiar e escolar. Tal fato se correlaciona com a assertiva de Imannuel Kant, esse afirmava que as relações parentais na modernidade se desfazem rapidamente devido à imposição de poder no campo familiar. Nesse contexto, fica clara a importância de medir o controle dos responsáveis nas atividades do filho online e dessa forma consigam construir um ambiente familiar saudável, no qual sempre se tenha confiança. Entretanto, o que ocorre é o inverso ou seja, pais e filhos discutindo constantemente por causa da "superproteção". Ademais, o menor acaba desalentado e frustado, o que tende a desenvolver problemas psicológicos como depressão, bipolaridade e crises de ansiedade.       Portanto, para conseguir tornar o controle online realizado pelos pais um reflexo benéfico na sociedade moderna, é necessário que o Ministério da Educação, por meio de verbas liberadas pelo judiciário, elabore programas e campanhas socioeducativas que promoverão encontros semanais com rodas de conversas com todo corpo estudantil e seus responsáveis sobre os perigos presentes na "rede",além disso haverá promoção de profissionais da área, como psicólogos e especialistas, para orientar os responsáveis sobre os limites estabelecidos, com o finto de moldar boas relações familiares.