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Enviada em: 28/04/2018

Como dito por Bertolt Brecht, para quem tem uma boa posição social, falar de comida é coisa baixa. É compreensível: eles já comeram. Aplicando esse conceito no ambiente escolar é visível as vantagens de determinados grupos sociais sobre outros, as cotas então, trouxeram equidade no âmbito educacional, pois em um país onde a desigualdade social é extremamente presente a almejada meritocracia para entrar na universidade não se torna justa entre os concorrentes. Em primeiro plano cabe analisar a desigualdade de ensino na educação do Brasil, visto que as escolas públicas são insuficientes. Assim, um estudante da rede pública não tem base escolar satisfatória para concorrer diretamente com um aluno de uma instituição particular, alunos que eram maioria nas universidades públicas antes desse sistema, ou seja, as cotas possibilitam que pessoas com a escolaridade deficiente tenham uma oportunidade a mais para ingressar no ensino superior.  Faz-se necessária as presença delas em um país desigual e preconceituoso. Onde os deficientes e negros são vistos de maneira inferior, na verdade são uns dos mais prejudicados diante da ignorância da humanidade. Isso se prorroga com o levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, onde mostra dentre os homicídios no Brasil 71% são negros.  Sendo assim, faz-se necessária a presença das cotas no meio atual, para colocar todos no mesmo patamar de oportunidades. Entretanto, ainda há um longo caminho até a completa equidade no ambiente escolar. Logo, as cotas devem ser tratadas como medidas paliativas, onde o foco é a educação pública. Dessa maneira, o Ministério da Educação tem como responsabilidade disponibilizar uma equipe eficiente, um ambiente apropriado e medidas para medir o rendimento dos alunos, a fim de capacita-los de maneira justa para concorrer com os demais.