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Enviada em: 06/05/2018

Inclusão em andamento                                                                 "Eu tenho um sonho: o de que, um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos dos antigos escravos e os filhos dos antigos senhores de escravos poderão se sentar juntos à mesa da fraternidade". Hodiernamente, graças ao sistema de cotas nas universidades o sonho do ativista americano Martin Luther King, declarado em 1863, é uma realidade no meio acadêmico. Todavia, há entraves que precisam ser vencidos para a igualdade ser plenamente alcançada, tal como: o estigma de facilidade aos cotistas e a inconformidade da classe dominante.                                                               A constituição cidadã de 1988 garante o direito de equidade ao indivíduo no artigo quinto, com o princípio da isonomia, onde afirma "todos são iguais perante a lei". Não obstante, observa-se que a educação não tem esse direito efetivado, cria-se assim, medidas que amenizem esse desfalque da história e do governo. Dessa forma, cabe sobrelevar, a pesquisa feita pelo Instituto de Análise e Estatísticas que acompanha o sistema de ensino brasileiro, que declara "que as melhores vagas vão para jovens de alto poder aquisitivo", ou seja, o jovem pobre, negro ou índio encontra-se em desvantagem. Nessa conjuntura, surge a ideia de que ter cota é uma imunidade que fere a lei, quando na verdade é uma autentificação da lei existente, já que ela não é cumprida com diligência.                          Outrossim, a intolerância da sociedade não contemplada  com a cota ainda é um grande impasse na questão. Lamentavelmente, a existência da discriminação reverbera os padrões criados pela consciência coletiva, que nada mais é do que a divisão das classes. Seguindo essa mesma linha de raciocínio, vale ressaltar a célebre frase do filósofo Karl Max "a história da sociedade até os nossos dias é a história da luta de classes", isto é, existe um conflito memorável onde interesses são disputados e a minoria sempre perde, uma vez que, estudar é uma ferramenta para se ascender socialmente.                    Portanto, indubitavelmente, providências são necessárias para consolidar o sistema de cotas nas universidades como uma inclusão. Por isso, é dever do Ministério da Educação criar um projeto para ser desenvolvido nas escolas o qual promova palestras, apresentações artísticas e atividades lúdicas a respeito da importância da  inclusão social das minorias - visto que ações culturais e coletivas tem imenso valor transformador. Por conseguinte, é de suma amplitude, que a sociedade no geral conscientize-se da luta do próximo, praticando sempre a empatia. Desse modo, todos sentarão à mesa da fraternidade com a plena igualdade.