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Enviada em: 05/05/2018

O sistema de cotas foi criado para dar acesso a negros, índios, deficientes, estudantes de escola pública e de baixa renda em universidades, concursos públicos e mercado de trabalho. Devido os custos de uma faculdade, dependendo da duração e do curso, não sai nada barato. E esses custos englobam livros, material didático em geral, passagens, alimentação e em alguns casos, hospedagem nas proximidades da Universidade. Ou seja, não é qualquer aluno (pelo menos a maioria, considerando as diferenças sociais em nosso país) que consegue arcar com todas essas despesas. Por isso o Governo Federal resolveu instituir as cotas nas universidades, porém esse assunto divide opiniões pelo ponto de vista de alguns como a redução da exclusão e visto por outros como uma segunda forma de discriminação.         A Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012) delibera sobre esse aspecto: o de dar condições aos alunos de escolas públicas ingressarem em Universidades Federais. A Lei dá direito a percentual de vagas aos estudantes que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas. Segundo Estudos realizados pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pela Universidade de Campinas (Unicamp) mostraram que o desempenho médio dos alunos que entraram na faculdade graças ao sistema de cotas é superior ao resultado alcançado pelos demais estudantes. O primeiro levantamento sobre o tema, feito na Uerj em 2003, indicou que 49% dos cotistas foram aprovados em todas as disciplinas no primeiro semestre do ano, contra 47% dos estudantes que ingressaram pelo sistema regular.         Porém determinados indivíduos têm uma visão das cotas como discriminação, devido a alunos despreparados ter acesso às melhores universidades, o que fere a meritocracia e põe em risco a qualidade da pesquisa acadêmica e o nível do ensino. Alguns se beneficiam dessas cotas sem mesmo precisar e acabam tirando o lugar de muitos, e outros veem como discriminação racial ou social, pois as cotas reafirmam a diferença entre classes e cor, vendo o Governo separar aqueles que não tiveram uma educação de qualidade, coisa que é a obrigação do Estado e dando uma chance que é direito dos brasileiros, como se fosse preencher uma lacuna de uma construção em decadência.         Portanto, considerando que o verdadeiro fator de segregação no Brasil é a pobreza, já que são os alunos de escolas públicas os prejudicados pelo desnível na educação pública e particular, sugere-se a adoção de cotas sociais como uma alternativa mais abrangente. Nenhuma dessas alternativas, no entanto, solucionaria as desigualdades no acesso ao ensino superior da população brasileira. É necessário melhorar a qualidade de ensino no Brasil, é direito de todos e é dever do Governo tomar medidas.