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Enviada em: 01/05/2018

É inegável que a inclusão de cotas no ensino trouxe várias mudanças para a sociedade brasileira. Nessa perspectiva, é possível notar que a reserva de vagas oferece uma nova oportunidade de ensino para negros e  jovens com a educação defasada pelo ensino público. Porém, essa medida deveria ser provisória enquanto o Governo intenta corrigir as falhas na igualdade social do país.        Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Brasil é o 10º país com maior desigualdade social no mundo. Desse modo, para modificar esse parâmetro, foi criada em 2012 a Lei de Cotas, que destina parcela das vagas em universidades federais e estaduais a cidadãos oriundos de escolas públicas, negros, pardos e índios. Esse comportamento visa diminuir a dívida histórica que o país possui com negros, índios e pardos pelos anos de exploração e exclusão da sociedade, bem como minimizar as diferenças socioeconômicas entre  ricos e pobres.       No entanto, essa ação afirmativa fere a meritocracia e põe em risco a qualidade e o nível do ensino no país. Além disso, a Lei de Cotas não foi sancionada como parte de um plano para melhorar a educação brasileira, o que a torna um disfarce da defasagem da rede pública. Desse modo, o Governo mostra-se indiferente e relapso, pois aplica uma lei com objetivos de diminuir as desigualdades educacionais, entretanto não age na raiz do problema e contribui para agravar o quadro no país.        Fica clara, portanto, que as ações afirmativas são importantes para inclusão de jovens no ensino público superior. Contudo, essa medida deve ser provisória, e cabe ao Governo Federal destinar recursos para melhorar o ensino no país a fim de diminuir as desigualdades no acesso à educação. Assim, é necessário investir em professores qualificados proporcionando-lhes remuneração digna e ambiente de trabalho adequado, para isso é imprescindível a reforma de escolas já existentes e a construção de outras em localidades carentes.