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Enviada em: 06/05/2018

Ao longo da formação do Estado brasileiro houveram 300 anos de escravidão, que durante esse período os negros foram impedidos de exercer seus direitos políticos, sociais e democráticos. E a implantação das cotas raciais, vieram com o objetivo de tentar reverter os anos perdidos, seja pelo fraco ensino público ou o racismo enfrentado desde o fim do sistema escravocrata.        Está claro que a maioria do ensino público não consegue se equiparar ao privado, a consequência disso é a dificuldade na entrada de universidades federais que exigem mais dos alunos. As cotas vêm com a possibilidade de amenizar a diferença, que segundo o IBGE, 44,5 milhões de brasileiros ganham menos de um salário mínimo, impossibilitando as condições de depender de faculdades particulares para concluir o ensino superior.        De acordo com os dados da ONG britânica Oxfam, apenas em 2089 alcançaremos equiparação salarial entre negros e brancos, se a desigualdade continuar diminuindo nesse ritmo, o que dá um panorama do grupo que mais sofre com desigualdade e violência do país, sendo que os negros correspondem a 78% da população brasileira. O racismo está presente em todas as esferas sociais, o sistema cotista é apenas um utensilio para tentar ajudar na realidade enfrentada por tantos cidadãos.         Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse, como o Ministério da Educação junto com o governo federal em fazer uma reforma nas redes públicas de ensino, afim de melhorar a qualidade de ensino para que fique no mesmo patamar das instituições privadas, sem a necessidade das cotas para auxiliar na entrada das universidades federais. E o poder executivo juntamento com a Ministério do Trabalho e Emprego, fazer leis para combater as diferenças raciais nos salários.