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Enviada em: 07/05/2018

Sob a óptica durkheimiana, a educação é primordial para a construção de uma sociedade democrática em seus âmbitos social, ético e político. Entretanto, a baixa qualidade do ensino público, juntamente com o descaso dos governantes para com esse, prejudicam milhares de estudantes que pretendem ingressar em uma faculdade estadual ou federal que, para isso, precisam recorrer ao programa de cota universitária, decretando assim, o fracasso do sistema educacional e inclusivo no Brasil. Dessa forma, é essencial investir mais nos processos de ensino e aprendizagem, bem como democratizar o acesso ao ensino superior público.                                                                                                 O direito à educação, consolidado na forma da lei, é de fundamental importância para o desenvolvimento individual e de cidadão, como também para a qualificação profissional do indivíduo. No entanto, a insuficiência dos investimentos no ensino público, além da carência de profissionais capacitados para gerir escolas que não visam apenas a transmissão do conhecimento em massa, mas que se preocupam com a aprendizagem do aluno e, os fatores extrínsecos que o acompanham, torna a educação tradicional excludente e atrasada, ao invés de servir como instrumento de mudança da realidade social. Desse modo, o sistema escolar vigente não permite a formação de candidatos preparados para concorrência nos vestibulares, o que desfavorece a meritocracia e o coletivo.                                Além disso, a quantidade de vagas e de faculdades públicas não acompanham a demanda de alunos que saem do ensino médio- último ano escolar- em busca do ensino superior, o que por sua vez, acirra ainda mais a disputa por uma vaga, independentemente se for por ampla concorrência ou cotas. Nesse sentido, os alunos que estudaram em escolas estaduais que possuem mais estrutura e qualidade de ensino tem mais chance de passar em um vestibular que aqueles que frequentaram uma de condições precárias tanto estrutural quanto de docência, ou seja, mesmo com políticas afirmativas, apenas aqueles que tem um preparo melhor conseguirão entrar na universidade.                                              Portanto, cabe ao Ministério da Educação (MEC) diversificar as diretrizes curriculares, por meio de reformas educacionais, a fim de garantir um ensino público de qualidade e inclusivo que forme alunos tão preparados quanto os da escola particular sem que precise de cotas. É fundamental, ainda, que o Estado juntamente com o Governo Federal dedique recursos necessários para melhorias na infraestrutura daquelas, além de aumentar a quantidade de vagas e investir nas universidades federais e estaduais, com o objetivo de facilitar a entrada de novos estudantes e, tornar a educação mais abrangente e igualitário.