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Enviada em: 05/05/2018

Na tentativa de incluir minorias - negros, deficientes e pobres, por exemplo - nas universidades, o Brasil buscou soluções no modelo estadunidense de ações afirmativas, no país canarinho conhecido como "cotas". Entretanto, hodiernamente, é incontrovertível que existam diversas fraudes que fazem com que o sistema perca sua credibilidade frente à população, tornando o primário ideal de inclusão em retrocesso. Diante disso, deve-se analisar como a ganância humana aliada ao caráter defectivo do sistema cotista prejudicam, ainda mais, tal problemática.    A ganância humana é, de fato, um grande responsável pelo atual retrocesso verificado. Isso decorre de um pensamento absolutista, no qual, o homem, ganancioso, usa de todos os meios, inclusive ilícitos, para chegar em seu objetivo - o ingresso na universidade pública. Nesse sentido, são verificadas atitudes como autodeclarações de etnia e renda falsas, na tentativa de aproveitar do sistema cotista, tais ações vão ao encontro do pensamento Maquiavélico, "o fim justifica os meios". Não é à toa, então, que o sistema de cotas, no Brasil, deve ser melhorado rapidamente, haja vista que, o ideal de inclusão foi totalmente defasado e distorcido.    Atrelado à ganância humana, as brechas e a falta de fiscalização contribuem para a ocorrência assídua de fraudes, isto é, a implementação do tal sistema acaba sendo contraproducente, uma vez que o princípio de inclusão tornou-se um retrocesso. Além disso, nota-se, ainda, que parte da problemática está relacionada aos governos competentes - federais, estaduais e municipais - que, omissos, não se preocupam com o imbróglio constatado em um mecanismo tão importante e ético como as cotas. Consoante a isso, em uma pesquisa publicada pelo jornal O Globo, mostrou-se que cerca de 30% das vagas destinadas a cotistas estavam sendo ocupadas, na verdade, por não-cotistas. Em decorrência do faltoso processo de seleção de alunos cotistas e pela omissão governamental, as cotas perdem sua credibilidade e são vistas, muitas vezes, como um regresso educacional.   Torna-se evidente, portanto, que, no Brasil, por negligência governamental na formação do mecanismo  juntamente com a ganância humana fazem, do sistema cotista, algo contraproducente. Em causa dos fatos mencionados, o Governo Federal aliado ao Ministério da Educação devem, imediatamente, montar uma comissão a fim de punir àqueles que usufruíram fraudulentamente do mecanismo cotista. Além disso, tais agentes devem formar um sistema de entrevista pessoal para que, futuramente, os alunos aprovados nos vestibulares pelo sistema cotista sejam avaliados quanto ao merecimento de poder ingressar pelas ações afirmativas. Dessa forma, a questão do sistema cotista será melhorada e este será visto como inclusão e não mais como regresso.