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Enviada em: 18/05/2018

Segundo Aristóteles, e sua teoria da equidade, é preciso tratar desigualmente os desiguais para se promover a efetiva igualdade. Desse modo, a adoção das cotas em universidades, são essenciais já que é notório as desigualdades sociais entre alguns grupos. Contudo, é fundamental aprimorar tais medidas, para que de fato, as mesmas obtenham êxito garantido o acesso de todos a educação.  Em primeira análise, cabe pontuar que o etnocentrismo sempre esteve presente entre os seres humanos. Essa cultura dizimou vidas no regime nazista na Alemanha, motivou a segregação racial nos Estados Unidos depois de sua Independência, como também, excluiu negros e indígenas antes e depois da libertação dos escravos no Brasil em 1888.Diante disso, fica evidente, que para essas minorias, competir por uma vaga em uma universidade é muito mais difícil do que para outros que não sofreram exclusão e o preconceito.  Ademais, cabe ressaltar também que o sistema educacional básico público, encontra-se precário devido à falta de investimento do Governo e dos grandes desvios de verbas. Em vista disso, os indivíduos que precisam usar deste sistema, acaba tendo sua formação básica prejudicada se comparado com aqueles que estudaram em escolas particulares. Porém, nem sempre as cotas são usadas por quem realmente precisa e tem direito, dado que, muitos são os casos de fraudes nas cotas, seja as sociais ou raciais.  Fica evidente, portanto, para que a teoria de Aristóteles não seja apenas utopia, e de fato as cotas atinjam seu real objetivo, a necessidade de uma maior mobilização do Governo. Nesse sentido, cabe ao Ministério da Educação promover campanhas por meio de propagandas na mídia e cartilhas informativas, a fim de desmitificar a cultura de superioridade entre os seres humanos e com isso amenizar os efeitos da exclusão e preconceito das minorias. Ao Poder Executivo, compete um maior investimento nas políticas públicas, ofertando uma educação básica de qualidade, além de, como medida paliativa ampliar as cotas sociais e raciais para grupos excluídos. Por fim, cabe ao mesmo fiscalizar, por meio de comissões avaliadoras as cotas a fim de evitar fraudes. Espera-se, com isso, garantir a equidade entre os indivíduos, tendo como exemplo a teoria de Aristóteles, tratando os desiguais de forma desigual, para que que por fim se alcance a igualdade.