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Enviada em: 16/05/2018

No Brasil, políticas sociais afirmativas de ingresso ao ensino superior, buscam equilibrar um sistema, historicamente, predominado por Aristocratas. Entretanto, uma determinada parcela demográfica desvirtua tais políticas, pautando-se em discursos de cunho meritocráticos. Devemos então analisar os dois extremos para resolver esse impasse e encontrar a melhor forma de mostrar que estamos num processo de inclusão, não retrocesso.       Negros ou minorias, de forma geral, são necessários em todas as esferas da sociedade. Não obstante, num aspecto histórico-cultural, sempre foram tratados como inferiores, gerando, assim, exclusão e um preconceito enraizado. O sistema de cotas é uma medida positiva numa visão simples, paliativa num contexto geral. Porém, devido à insuficiência governamental em prover um ensino de qualidade às classes desfavorecidas,  este se torna essencial para a ascensão  das minorias em busca da igualdade.       Além disso, visões deturbadas sobre meritocracia, espalham-se país a fora, pondo em questão a necessidade das cotas. A Lei Áurea, assinada 1888, determinava o fim da escravidão. Porém, sem políticas de amparo aos recém libertos, a sociedade manteve-se extremamente desigual, gerando sequelas até os dias atuais. Toda via, num meio social, onde as oportunidades não são dadas de forma igualitária, não há possibilidade de propor um sistema que julga apenas esforço e competência, de forma rasa e pura,  pontos necessários para a prosperidade na vida.        Fica claro, portanto, que medidas políticas que ajudam minorias no ingresso ao ensino superior são demasiadamente necessárias. Contudo, o governo deve resolver a questão da educação como um todo, objetivando uma educação digna para todos, por meio de melhorias nas escolas, no sentido físico e intelectual, além de peças e palestras lúdicas de conscientização social, a fim de combater o preconceito enraizado. Talvez assim, as cotas não serão mais necessárias e este impasse se encerre.