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Enviada em: 16/05/2018

Todos somos iguais e temos as mesmas oportunidades, basta trabalhar e estudar para vencermos na vida". Será? Atualmente, o Brasil vive uma grande contradição: ao mesmo tempo em que o país está enriquecendo, os pobres continuam pobres e os ricos vão ficando mais ricos. Isso não se deve ao fato de não existirem riquezas para todos, e sim ao fato dessa riqueza ser concentrada nas mãos de uma parcela ínfima da sociedade, principalmente nas das pessoas da cor branca. Nosso país viveu cerca de 350 anos afundado nas trevas da ignorância, chamada de escravidão. Um retrocesso tanto humano quanto econômico. Por 350 anos os negros foram privados de qualquer tipo de assistência, oportunidades de estudo e possibilidade de terem uma vida digna, simplesmente pela cor da sua pele. Com a ascensão do capitalismo e a grande produção em massa, era preciso vender os produtos para movimentar a economia, e, por questões óbvias, os escravos não podiam comprá-los. Esse foi o principal motivo do fim da escravidão, e não a bondade sincera de princesa alguma. O grande problema é que os negros libertos foram abandonados à própria sorte e se viram obrigados a mendigarem nas ruas e a ocupar os morros, tendo que "matar um leão" por dia para sobrevirem, e essa história tem consequências até os dias atuais. A escravidão acabou, mas o preconceito não. Não é atoa que temos muito mais raiva do pivete que rouba uma bolsa, do que do político que rouba milhões. A implantação das cotas raciais - por mais que se possa questionar o fato de adiarem soluções mais definitivas e “justas” como a melhoria da qualidade da escola pública - não deixa de ser uma grande conquista, que foi conseguida através de muita luta da população negra. O racismo não irá acabar com palavras, e sim com exemplos: mais negros juízes, advogados, médicos, empresários... Se pegarmos as estatísticas,comprovaremos que as oportunidades não são as mesmas para negros e brancos, e as cotas raciais não são uma nova forma de preconceito, e sim uma política necessária , que já deveria ter sido implantada há muito tempo.