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Enviada em: 20/05/2018

Segundo o filósofo Max Weber, poder é toda a chance, seja ela qual for, de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contra a relutância dos outros. Seguindo essa linha de pensamento é possível afirmar que são necessários viés de inclusão, como por exemplo as cotas, em um País como o Brasil que é considerado um dos mais preconceituosos e desiguais no mundo. Entretanto, esta política de cotas pode ser prejudicial à uma parcela da população, que não encaixa-se nos quesitos necessários para o requerimento de tal e nem, possui uma renda suficiente para pagar uma universidade particular.     Mormente, quando fala-se sobre cotas o que logo vem a cabeça de muitas pessoas é a questão racial, o que muitas delas não sabem é que o fato de alguém ser negro não concede a ele o benefício de ter uma nota de corte menor para o curso desejado, esse cidadão deve se encaixar nas exigências da lei n° 12.711 que delibera o aspecto de dar condições a estudantes oriundos de escola pública, já que esses se encontram em desvantagens a estudantes de ensino particular por conta de greves e precariedade na educação, ou que possuem uma renda inferior a um salário mínimo. Ou seja, não basta o individuo ser negro, ele tem que provar que não tem condições necessárias para estudo. Além do mais, essa lei inclui também deficientes físicos, e mentais, que por muitas vezes a sociedade o exclui, tendo em vista que, nem todas as escolas aceitam pessoas deficientes por mais que seja crime previsto no código penal, e o seu acesso ao mercado de trabalho é muito dificultado, quase impossível em algumas regiões do país.    Em uma segunda análise, essa prática também é prejudicial, pois uma parcela da população conhecida como, classe média baixa, não possui os requisitos necessários para adquirir uma vaga em uma universidade pública por meio de cotas, e nem possui dinheiro suficiente para pagar uma faculdade particular. De certa forma, o processo universitário público é exclusivo a pessoas de elite, que são capazes de estudar nas melhores escolas do país ou pagar um cursinho pré vestibular de qualidade.      Destarte, é possível notar que mesmo criando um sistema de inclusão uma parte da população continua sendo excluída. Portanto, cabe ao Governo Federal oferecer mais incentivos financeiros destinados a educação pública no ensino fundamental e médio do país, oferecendo assim qualidade a todos para fazer o Exame Nacional de Ensino Médio. Ademais, o Ministério da Educação deverá fornecer simulados ao menos duas vezes ao ano afim de familiarizar o aluno ao teste.