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Enviada em: 07/06/2018

Cotas raciais como a supressão do sangrento histórico da colonização Com o descobrimento do Brasil, por Pedro Álvares Cabral, no ano de 1500, montou-se em solo nacional um cenário - que perdurou durante mais de trezentos anos - de exploração e escravismo dos povos indígenas que nele habitavam, e, posteriormente, do povo negro, que fora trazido forçosamente. Aos seus descendentes, a cultura escravocrata refletiu, na atual sociedade brasileira, em preconceito étnico, deslocamento social e empobrecimento econômico. Nesse contexto, não há dúvidas quanto aos obstáculos presentes na inclusão de negros e indígenas nas universidades federais, os quais são fortalecidos não apenas pela falta de investimento na educação pública de base, mas também pela falta de conhecimento histórico da sociedade.  Apesar da diminuição, na época, da exploração indígena e com a libertação de negros escravos possibilitada pela Lei Áurea, de 1888, à essas pessoas restou um saldo negativo em relação as condições de vida. Sem dinheiro e lugar para morar, acabaram vivendo à margem da sociedade. Dessa forma, nos dias atuais, é observável que tal parcela da população brasileira ainda se encontra em desvantagem econômica, educacional e social, histórico o qual o sistema de cotas raciais do ensino superior, deseja suprimir Outrossim, o sucateamento das escolas da rede pública faz com que os estudantes sofram com a baixa qualidade do ensino. Localizadas, principalmente, nas regiões pobres do país, as escolas públicas, essenciais no preparo dos alunos para o ingresso nas universidades federais, são vítimas  dos drásticos cortes nos investimentos da educação, culminando, dessa forma, na falta de professores, materiais e ambiente impróprio para as aulas, o que resulta, por conseguinte, na baixa qualidade do ensino e em desvantagem dos mesmo em relação aos seus concorrentes provenientes de escolas particulares.  Portanto, medidas devem ser tomadas para solucionar esse problema. Às instituições federais cabe aumentar o número de vagas disponíveis no sistema de cotas raciais, e não menos importante, de renda, para que assim maior parcela da população indígena, negra e de baixa renda seja atingida. Ao governo, cabe aumentar os investimentos na educação pública, revertendo cortes e gastos desnecessários. À escola, cabe promover medidas socioculturais através de cine debate e exposições -  abertas à comunidade local - a respeito da cultura negra e indígena do país, expondo a história e os problemas por eles enfrentados até os dias de hoje. Dessa forma, os obstáculos na inclusão dessas pessoas nas universidades, serão transgredidos.