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Enviada em: 09/08/2018

É possível afirmar que a Constituição Brasileira de 1988 estabeleceu uma nova ordem jurídica na nação brasileira, marcada por ideias de redemocratização e proteção aos direitos fundamentais dos cidadãos. Todavia, o dilema do sistema de cotas estabelecido nas universidades desencadeou uma problemática refente a qualidade do ensino público brasileiro e das reais motivações dessa decisão. Nesse sentido, é visível que o desempenho acadêmico e a criação de novos estudos tem entrado em um declínio, seja pela falta de investimento governamental, ou pela enorme desigualdade social presente no âmbito universitário e até mesmo pelo grande número de vagas ociosas deixada por alguns estudantes.       Mormente, é indubitável que a ausência de investimentos do governo nas universidades resultante da crise econômica que o Brasil vem enfrentando esteja fortemente atrelada ao problema. Pois, alguns estudante que sonham em terminar a graduação necessitam das bolsas universitárias oferecidas pelo Estado, como, bolsa permanência, moradia e alimentação, entretanto, devido aos enormes cortes financeiros que vem sido realizados, o número desses auxílios está cada vez menor, tornando a vida de alguns estudantes insustentáveis, levando-o a largar a faculdade para ir em busca de emprego.  Com isso, a desigualdade social que já é grande fica maior ainda, dada a situação de indivíduos que conseguem se manter nos estudos com ajuda dos pais e conseguem melhores empregos e outros que precisam sair e provavelmente estará sempre ganhando o mínimo.       Outrossim, destaca-se o grande número de vagas ociosas deixado por estudantes de universidades federais e particulares. Segundo o jornal Estadão a taxa de vazão está em aproximadamente 20%, principalmente no setor privado, reflexo de alguns programas como Prouni e Fies que pagam a mensalidade em valor total ou parcial, porém um número de estudantes não conseguem manter os critérios estabelecidos pelo programa e acabam perdendo a bolsa e consequentemente não possuem renda para bancar o restante do curso.        É perceptível, portanto, que esse problema está enraizado no Brasil e deve, logo, ser combatido. Em vista disso, o Governo Federal poderia reorientar os investimentos de bolsas universitárias em faculdades privadas para o setor público, trazendo a demanda das particulares para as federais, oferecendo, assim, mais vagas. Em prol dessa ação, as universidades públicas deveria criar mais projetos remunerados, para auxiliar na formação e na área financeira do aluno para reduzir a evazão e dar mais credibilidade aos investimentos estatais. Dessa maneira, em algumas decadas os indices de desigualdade social deverá ser reduzido em consequências dessas ações.