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Enviada em: 21/08/2018

É de conhecimento geral que, sob ótica da constituição federal de 1988, todo cidadão brasileiro tem seus direitos iguais e garantidos pelo Estado, como educação e trabalho digno. No entanto, nota-se que a situação presenciada no país difere da legislação, visto que a discrepância entre a realidade vivenciada por negros e brancos é notória como no acesso à universidades, que cada vez mais segrega a população negra. Sendo assim, políticas assistencialistas urgem na melhora do cenário.    Em primeira análise, deve-se salientar que a exclusão de negros no Brasil possui raízes antigas, visto que a escravatura, apesar de abolida com a Lei Áurea, em 1888, permaneceu implicitamente na sociedade. Exemplo disso, é o acesso de negros nas universidades que ainda é inferior aos brancos, apesar da população ser maioritariamente negra e parta, fica evidente, portanto, a desigualdade racial nesse âmbito. Aliado à isso, ínfimas politicas públicas são efetuadas a respeito, agravando a  exploração da mão de obra de negros que com baixos níveis de escolaridade, submetem-se à isso.    Além disso, vale pontuar que já afirmava o escritor  Joaquim Nabuco, que a escravidão permanecerá por muito tempo como característica do Brasil. Nesse viés, percebe-se que a afirmativa é condizente com a atualidade, pois o sistema de cotas raciais ainda é mal vista pela sociedade, que negligencia a importância desse mecanismo de inclusão. Afinal, dados da  UERJ, de 2003, ratificam o prestígio que negros destinam à vaga conquistada, pois 1/2 dos matriculados com cotas não reprovaram no primeiro semestre do ano em questão, evidenciando a importancia de cotas.    Diante dos fatos supracitados, espera-se a consonância entre o Ministério da Educação e União, tendo em vista o subsídio da ampliação de cotas raciais nas universidades públicas, no intuito de disponibilizar uma maior inclusão de negros nesse âmbito. Ademais, é preciso que o Poder Público, aliado à faculdades particulares, invista no aumento de financiamentos estudantis, como o FIES, para a população negra, haja vista melhores oportunidades desses cidadãos adquirirem o diploma de graduação.