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Enviada em: 01/09/2018

O racismo é um problema estrutural no Brasil. Afinal de contas, um país que teve 300 anos de escravidão não poderia sair desse processo sem sequelas. Para tentar diminuir a dívida histórica, as cotas raciais foram criadas, em um controverso e necessário processo. Controverso, pois há quem diga que essa medida apenas aumenta as diferenças entre brancos e negros; necessário, pois é preciso começar de alguma maneira a resolver as questões raciais no país.    Primeiramente, faz-se necessário dizer que, assim como negros saem em desvantagem na jornada do mercado de trabalho, também são prejudicados em receber educação de qualidade. Órgãos governamentais não conseguiam oferecer a mesma educação para jovens negros e brancos, daí a necessidade da criação das cotas. É uma medida temporária para reduzir a desigualdade. Ressaltando que é uma resolução que deve se dissolver com o tempo, na medida em que as diferenças raciais são equalizadas. Isso deve ser feita de maneira progressiva, através da educação e da conscientização. A enfatização no quão marcante foi o processo escravocrata no Brasil deve ser feita em sala de aula, com palestras de especialistas e professores.     Apesar da obviedade da necessidade de medidas governamentais que busquem a igualdade, as cotas trouxeram alguns casos de racismo nas universidades e vestibulares em geral. Essas demonstrações de ódio não podem ser ignoradas, com uma severa punição para os meliantes. Para descobrir quem são essas pessoas, que geralmente usam do anonimato para fazer seus discursos, recomenda-se a criação de um órgão de investigação e punição dentro das próprias instituições.    Desde sua criação, cotas raciais são polêmicas. Mas, ao olhar para o passado e idealizar um futuro melhor e mais justo para todos, elas se fazem totalmente necessárias. Tanto que os dados apontam que cotistas tem as médias mais altas que não-cotistas, comprovando que essas pessoas precisavam apenas de uma simples oportunidade.