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Enviada em: 29/08/2018

O Brasil se desenvolveu, durante sua colonização, diante a uma cultura racista, na qual negros eram escravizados e não detinham, dentre diversos direitos concebidos aos brancos, o de estudar. Por conseguinte da história, temos a marginalização social de negros. Esses enfrentam preconceito para adentrar o mercado de trabalho e são maioria na classe mais pobre do Brasil. Desse modo, cabe ao Estado buscar a paridade de oportunidade entre as raças.       Há o mito histórico de que a abolição da escravatura teria resolvido a questão de desigualdade social entre raças no Brasil. No entanto, o que se percebeu com a Lei Áurea foi o total descaso com negros, que se encontravam sem condições para estudar ou trabalhar em empregos de maior prestígio e pagamento, uma vez que sofriam ainda o preconceito racial e não gozavam dos estudos e condições financeiras de diversos brancos. E assim foi formada a sociedade brasileira, com o negro passos atrás do branco, com menos oportunidades e se esforçando mais que o branco para atingir mesmos objetivos.       Como reflexo do passado, vemos, hoje, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que a raça - dentre negra, parda e branca-  com maior índice de analfabetismo é a negra. A fim de diminuir tal desigualdade, fornecendo aos negros oportunidade maior para ingressar em universidades públicas, o governo faz uso de cotas, isto é, ações afirmativas que asseguram vagas não apenas para negros mas também indivíduos que se enquadrem no quesito renda baixa e que estudou o Ensino Médio por completo em escolas de rede pública.       Para mitigar a disparidade de grupos sociais na sociedade, o governo deve continuar a fazer uso das cotas. Contudo a fiscalização deve ser realizada periodicamente, por funcionários da assistência estudantil das respectivas faculdades, sendo o ideal a cada ingresso pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou Vestibular próprio. Para que a fiscalização seja eficaz necessita-se de critérios menos subjetivos, já que atualmente utiliza-se do fenótipo para caracterizar a raça do estudante. Pode-se, por exemplo, impor requisito de comprovação de árvore genealógica para assim justificar afrodescendência.