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Enviada em: 30/08/2018

Cotas são uma questão de dívida social: povos historicamente explorados, na maioria dos casos, não têm as mesmas condições sociais e econômicas que aqueles que foram os exploradores.        Um dos melhores exemplos disso foram os africanos, que chegaram ao Brasil por volta dos anos mil quinhentos e quarenta, e foram explorados por cerca de trezentos anos, antes que alguma lei os protegesse. Realmente, haviam sido impostas legislações contra o trafico negreiro antes disso, mas, citando os livros educacionais da "Pearson Education": eram apenas medidas "para inglês ver". A lei Eusébio de Queirós, datada de mil oitocentos e cinquenta, foi a primeira medida real tomada pelo Brasil para a abolição da escravidão. E, mesmo assim, estes escravos não foram integrados ao mercado de trabalho da época, sendo preferida a mão de obra imigrante de países europeus. Assim, sem renda, continuaram como escória da sociedade.        Até os anos atuais, de acordo com o jornal Folha de São Paulo, o Brasil permanece entre os quinze países com mais desigualdade social. E isso se comprova quando estatísticas são observadas: mesmo representando quase metade da população, apenas dezoito por cento dos negros ocupam cargos de destaque no Brasil, de acordo com dados do mesmo jornal.        Com isto em mente, é possível chegar a conclusão de que, assim como cantado pela banda O Rappa, "aquela divida de uns anos atrás está bem viva". E, afim de quitar dividas sociais com povos desprivilegiados, a política de cotas é o mínimo que se pode fazer. Isso é apenas um pequeno passo para, um que, um dia, a igualdade seja alcançada. E, para que as massas entendam, finalmente, a importância da politica de cotas, basta investimento em conscientização e educação sobre o tópico. Assim, combatendo a intolerância, e dando chances para àqueles que, sem essas medidas, não teriam oportunidades reais.