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Enviada em: 30/08/2018

Muito tem se discutido, recentemente, sobre as cotas nas universidades. Cotas são reservas de vagas em instituições públicas ou privadas, que beneficiam grupos socioeconômicos, étnicos, entre outros. O grande debate deve-se pelo questionamento, se essas seriam uma inclusão dos grupos desfavorecidos, ou, um retrocesso, já que como sociedade, somos todos iguais. No entanto, como diz Everton Carlos, nós somos todos iguais, o que nos diferencia, é o nosso preconceito, sendo perceptível que nossa realidade é um pouco diferente dos conceitos filosóficos de igualdade.       Quando falamos de cotas, devemos distinguir cotas raciais, de cotas socioeconômicas. Cota racial seria teoricamente, para ajudar os grupos raciais contra a desigualdade. Contudo, as cotas raciais diferenciam ainda mais etnias, sendo que seu intuito seria de igualar os direitos, e não, de disseminar o racismo. Cotas raciais aumentam a identificação racial, sendo que estamos em um tempo que somos apenas humanos. Podemos observar a mesma ideia com o integrante do Movimento Brasil Livre Fernando Holiday. Se tomarmos como exemplo os negros, podemos identificar negros ricos que apossam-se das vagas nas universidades através das cotas, mas, sendo que as mesmas deveriam ser para os negros como um todo, incluindo, os mais desfavorecidos. Segundo a 5ª Lei da Constituição Federal Brasileira, somos todos iguais, sem distinção de qualquer natureza.        Todavia, quando falamos de cotas socioeconômicas, devemos considerar nossa realidade no Brasil. Onde classes econômicas são bem expressivas e desiguais. Adjunto com a desigualdade econômica, temos a educação. Infelizmente, o acesso à educação de qualidade no Brasil, não concorda com o ensino nas escolas públicas. De acordo com o IBGE, em 2014, 36,4% das vagas nas universidades públicas, eram de pessoas mais ricas, com renda média por pessoa da residência de R$ 2.9 mil. Já a proporção de estudantes pertencentes ao quinto mais pobre da população, com renda per capita média de R$ 192 era de 7,6%, no mesmo ano. Com esses dados, podemos observar que as cotas são apenas tapa buracos, não solucionam o problema com a educação do nosso país.        Por todos esses aspectos, podemos dizer que as cotas devem ser revisadas, pois, injustiça não justifica injustiça. O Brasil necessita de cotas de responsabilidade .O governo deve investir mais na educação pública, para beneficiar a todos. Melhorando a qualidade e a diversidade de infraestrutura das escolas públicas e, incentivando nas mídias a importância dos estudos e do respeito com o próximo.Como dizia o filósofo, Karl Marx, é preciso modificar o mundo.