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Enviada em: 15/10/2018

Não é novidade o quadro de desigualdade social encontrado no Brasil. No ambiente educacional não é diferente, pois, o estudo oferecido em boa parte das escolas públicas é caótico, e os que dependem dele para sua formação enfrentam maior dificuldade para ingressar em universidades. O fato é que, para garantir maior inclusão de etnias e classes mais pobres no ensino superior público, foi necessário recorrer a cotas, porém somente essa iniciativa não é o suficiente para alterar a situação. Nesse sentido, convém analisar o quadro atual, as consequências e possíveis soluções ligadas ao sistema de cotas.  Atualmente, existe uma divisão entre classes, que na maioria das vezes se da por etnia e condições financeiras. Embora nem todos concordem com essa súmula, existe um número notório de prejudicados. Uma pesquisa realizada pela revista veja expôs que, como as escolas públicas são fracas, os alunos que saem delas têm pouca chance de entrar nas universidades públicas. Como fruto dessa realidade, têm-se estudantes carentes realizando financiamento do seu curso para conseguir ter acesso ao ensino superior, enquanto os que realmente poderiam pagar pelo ensino privado ocupam vagas sustentadas pelo governo. Isso mostra o quão adversa está essa situação, e que é necessário que haja uma reforma no ensino, para que não exista diferença de nível entre as escolas, e todos alunos possam ter iguais condições de serem aprovados nos processos seletivos.    Por outro lado, podem existir também consequências ligadas ao atual sistema de cotas. A mais provável é a inserção de alunos menos qualificados ingressando em boas faculdades. No entanto uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília aponta que alunos cotistas possuem maior desempenho no ensino superior, pois tendem a valorizar ainda mais a sua vaga. Dessa forma, fica provado que esse método é válido e que os que conseguem a vaga estão dispostos a estudar e lutar pela seu sucesso.    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. De acordo com Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Dessa forma, seria interessante que, o MEC Ministério da Educação, junto a Organização das Nações Unidas e demais entidades competentes, realizassem campanhas e projetos para que o governo faça uma revolução no sistema de ensino brasileiro, onde professores e pedagogos possam nivelar a forma de ensinamento em todas as escolas, públicas e privadas, para que não haja diversidade no nível da formação estudantil, garantindo a mesma qualidade de ensino a todos. Por outro lado, seria importante que o MEC promovesse repercussões midiáticas por meio de novelas e noticiários mostrando o quão importante é o sistema de cotas para a inclusão no ensino atual,  para que exista a chance de todos terem acesso ao ensino superior, independente do estado de pobreza ou demais desigualdades sofridas.