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Enviada em: 23/10/2018

A escravidão foi oficialmente abolida no Brasil no ano de 1888, isso porém, aconteceu sem nenhum tipo de política pública que integrasse o negro na sociedade, na verdade, ocorreu justamente o contrário como o projeto de embranquecimento racial, pensamento racista que atribuía os problemas do país a miscigenação. As cotas adotadas séculos depois, visa diminuir a dívida histórica com essa minoria e influi como paliativo as atuais problemáticas enfrentadas por esse grupo.    No que se refere as políticas de cotas, elas atuam como um "amortecedor" dos problemas educacionais, por mais que as condições financeiras sejam intrínsecas com a entrada de indivíduos em boas faculdades, não se pode ignorar todo o passado de um povo, assim como as atitudes preconceituosas do Brasil, como nação, com essas pessoas. Nesse aspecto as cotas raciais são fundamentais no reparo, mesmo que mínimo, a própria ética do Estado.    É indubitável, de fato, as conquistas alcançadas no que tange a igualdade racial no âmbito jurídico, no entanto o mesmo não se observa no social, um exemplo disso é o levantamento feito em 2016 pelo Ministério do Trabalho e Emprego que mostra que os negros ocupavam apenas 27% dos cargos que exigiam ensino superior, mesmo sendo mais de 50% da população brasileira. Assim sendo, podemos verificar que a discrepância nesses dados são resultados de um abismo de renda que separa os Brancos e os Negros, esses últimos sendo obrigados a começar a trabalhar mais cedo, prejudicando assim os estudos.     Nesse sentido, as cotas servem para amenizar esses problemas sociais ao dar uma oportunidade para o individuo entrar em uma universidade pública, isso porém, não resolve essas questões. É necessário que o Estado junto com os Governos Estaduais  façam um reforma no sistema de ensino, qualificando os professores e dando condições de trabalho dignas, além de fazer parcerias com empresas privadas que patrocinem estudantes, para que as condições financeiras não sejam empecilhos.