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Enviada em: 29/10/2018

Em 1888, a Lei Áurea declarou o fim da escravidão no território brasileiro. Entretanto, o Estado não forneceu indenização ou política pública para a integração dos negros na sociedade e diminuição do preconceito criado pela estrutura escravocrata. Hoje em dia, uma das consequências de tal estrutura é o baixo ingresso de estudantes negros nas universidades públicas. Mas é possível mudar o panorama das instituições de ensino superior com o sistema de cota, pois permite maior inclusão de pretos e pardos.    Primeiramente, de acordo com Karl Marx, a ideologia de uma época é reforçada pelas ideias que favorecem as classes dominantes. Com isso, as classes mais altas mantiveram a escravidão com a justificativa de que brancos eram uma raça superior. Porém, mesmo com o fim deste regime, o racismo permaneceu na sociedade e fez com que o mercado absorvesse mão de obra imigrante, mas não negra. Atualmente, ainda é possível observar a dificuldade de empregabilidade de pretos e pardos e, com isso, há dificuldade também em ascender economicamente.   Consequentemente, com a dificuldade de encontrar um emprego formal, dificulta ainda mais o processo de entrada nas universidades. De acordo com dados do IBGE, mais de 50% das universidades públicas possuem estudantes da classe A e B. Isso ocorre, pois o vestibular é utilizada para a seleção de alunos e possibilitará a inclusão daqueles que apresentam meios de acesso a educação de qualidade, geralmente conquistados por pessoas das classes mais altas devido seu poder econômico.     Portanto, é necessário garantir a entrada de mais pessoas negras nas universidades públicas. Para isso, o Ministério da Cultura (MEC) deve manter as políticas de cotas para o ingresso de estudantes vítimas de racismo, estimulando cada vez mais a inclusão deles. Além disso, sugerir às instituições de ensino superior público que forneçam aulas extras para ensinar os conteúdos necessários para estudantes que tiveram ensino prejudicado durante todo o ensino médio. Dessa forma, garante-se um processo seletivo mais justo e inclusivo.