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Enviada em: 02/11/2018

É inquestionável que a adoção do sistema do sistema de cotas nas universidades é uma tentativa ineficiente de remediar o desnível da educação brasileira entre as instituições públicas e particulares. Ineficiente porque ao invés de solucionar o problema mais grave: o ensino de péssima qualidade oferecido pelo Estado, apenas cria um meio para integrar os jovens que tiveram acesso a uma educação deficiente.      A princípio, vale ressaltar que  integrar não garante que esses estudantes deixarão de conviver com seus inúmeros problemas de base advindos do fraco ensino nos cursos fundamental e médio oferecidos pelas escolas públicas. Problemas esses que podem vir a dificultar a vida acadêmica desses jovens, os quais podem se sentir frustrados diante dos desafios propostos pelo ensino superior. E tal frustração pode acarretar em uma série de distúrbios emocionais que prejudicam de maneira significativa a vida desses universitários, ente eles a depressão.    Outrossim, outro equívoco do sistema de cotas no seu projeto de inclusão desses jovens desfavorecidos é a crença de que cotas raciais amenizam os problemas de discriminação contra negros, sendo que elas intensificam ainda mais a distinção entre "raças" humanas. Fato que se justifica pelas cotas raciais afirmarem, mesmo que indiretamente, que negros possuem capacidade inferior de ser aprovado pelo sistema de seleção tradicional; algo que até mesmo a ciência já provou ser um completo absurdo.     Diante do que foi discutido, fica claro que por mais que o sistema de cotas tenham boas intenções para com os desfavorecidos, esse projeto pode ser considerado um retrocesso, pois além de ferir a meritocracia, só adia a adoção de medidas que realmente cessarão a problemática em questão. Entre essas medidas, a criação de um currículo nacional que vigoraria em todo território brasileiro, organizado pelo Ministério da Educação, que seria adotado tanto por escolas públicas como escolas particulares, a fim de padronizar o ensino no país e isso deve ser feito pois Segundo Nelson Mandela, A educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo". Outra medida tão importante quanto e que também envolve a atuação do mesmo ministério seria a distribuição gratuita de materiais didáticos mais completos aos alunos da rede pública, bem como o aumento dos salários dos professores, proporcionando uma remuneração a altura da contribuição que esses profissionais oferecem à sociedade e incentivando-os a se dedicarem mais na educação desses jovens; essa medida, entretanto, só se tornará efetiva com o redirecionamento das verbas da Receita Federal, aumentando os investimentos no setor educacional do país. Para que, enfim, a educação no Brasil seja justa e igualitária.