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Enviada em: 23/11/2018

A inclusão tardia      No fim do período Imperial do Brasil, foi assinado pela princesa Isabel: a lei Áurea, lei que determinava o fim da escravidão no país, mas nenhuma política para inserção do negro na sociedade foi imposta naquele período, levando o negro a condições de marginalizados. Destarte, atualmente, políticas de inserção estão sendo feitas para tentar corrigir o erro do Estado. Exemplo disso, são as cotas nas universidades que servem para inclusão do negro, parte da população são contrárias a essa medida, e isso ocorre devido, não somente a ignorância dessas pessoas, mas também a uma violência cultural ainda existente na sociedade brasileira. Nessa perspectiva, esses desafios precisam ser superados para atingir uma sociedade mais íntegra.        Indubitavelmente, a educação é fator principal no desenvolvimento de um país. Hodiernamente, ocupando a nona posição no ranking mundial da economia, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público de ensino eficiente. Conquanto, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é refletido diretamente na ignorância de parte da sociedade que diz que a reserva de cotas raciais é uma forma de discriminação. Diante desse contexto, é evidente que essas pessoas contrárias, não tem a noção do tamanho da dívida histórica brasileira para com as pessoas negras, que foram escravizadas durante séculos no Brasil.       Faz-se mister, ainda, salientar as práticas de racismo como motivador do pensamento contra as cotas raciais, infelizmente o racismo ainda é muito forte e presente na sociedade brasileira, então, políticas públicas para realizar a inserção do negro são extremamente necessárias. De acordo com Claudete Cardoso, pedagoga e pesquisadora da UNB, os estudantes negros que entram na universidade por meio do sistema de cotas tendem a valorizar mais a sua vaga do que aqueles que não são cotistas. Desse modo, fica evidente que as cotas raciais são valorizadas pelos estudantes negros, e servem como motivadoras para acabar com esse preconceito institucionalizado.        Infere-se, portanto, que ainda há entraves que impedem a solidificação de políticas que visam a construção de um mundo melhor. Nesse sentido, urge que o governo invista mais em propagandas que divulguem a dívida histórica brasileira, para com os povos negros e indígenas, por meio de propagandas na TV aberta e pela internet, fazendo com que essa informação chegue para todas as pessoas, para que seja possível conscientizar a população da importância das cotas raciais na universidade. Consequentemente, espera-se uma maior inclusão social dos povos que foram injustiçados durante tanto tempo, algo que o país não fez quando aboliu a escravidão.