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Enviada em: 09/02/2019

Cota nas universidades é um assunto polêmico que divide opiniões. Alguns acreditam que se trata de um retrocesso. No entanto, as cotas são uma ferramenta de inclusão social, étnica e racial e uma forma de retratação histórica.    A História do Brasil é marcada pela escravidão negra e pelo assassinato de milhões de índios. Essas feridas ainda não foram cicatrizadas e até hoje negros e índios continuam sendo segregados, discriminados e assassinados, além de representarem a maioria entre os mais pobres. As cotas viabilizam a inclusão dessas minorias sociais nas universidades públicas. Isso tem como consequência a retratação de um dívida histórica e, posteriormente, contribui  para a atenuação das desigualdades no Brasil.     Infelizmente, ainda há quem afirme que o ingresso através de cotas em universidades públicas fará o nível de ensino decair. Porém, um estudo feito na Universidade de Brasília (Unb) concluiu que as vagas são mais valorizadas pelos cotistas, pois eles somam menores índices de evasão e reprovação. Isso comprova que as instituições de ensino superior públicas tendem a permanecer com o mesmo nível educacional.     Percebe-se, portanto, que as cotas não se tratam de retrocesso, mas sim de uma forma de inclusão de minorias sociais marcadas pelo perverso sistema que antes existia no país e consequente amenização das desigualdades. Dessa forma, o Governo deve manter a Lei de Cotas até que seja alcançada uma significativa equidade social no Brasil. Além disso, as escolas de nível médio devem incluir nas aulas de Ciências Humanas a discussão sobre cotas para conscientizar os alunos sobre a necessidade delas atualmente na sociedade brasileira.