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Enviada em: 25/03/2019

É inegável que a educação é um direito de todos, e um dever do Estado e da família , perante o artigo 205 da Constituição federal. Entretanto, o projeto de cotas para universidades públicas representam um processo de segregação social, descrita por Darcy Ribeiro,pensador da educação do país, como " a crise da educação no brasil não é uma crise; é um projeto".Sendo assim, urge um olhar crítico acerca dessa situação, afim de solucioná-la de forma rápida e eficaz.   Fato é que uma das principais causas que levaram o Estado á criação das cotas em universidades, é  a precária educação,que se caracteriza pela falta de remuneração do corpo docente, falta de estrutura básica, entre outras adversidades impostas principalmente nas redes públicas de ensino. Prova disso, é um Estado incapacitado de exercer seu dever, perante a constituição, fazendo com que o governo crie formas de escape para tal problemática, referindo-se á cota como inclusão social. Consequentemente, com a má formação pedagógica, proporcionada pela educação falida, a entrada de um aluno em uma universidade, por cotas, põe em risco a qualidade da pesquisa acadêmica e o nível de ensino fornecido.     Ainda convém lembrar das intituladas "cotas raciais" , que foram criadas pelo Estado como forma de "pagamento" , principalmente ao povo afrodescendente, pelos ocorridos na época colonial, com a escravidão. Sob essa conjectura, a entrada de negros por cotas nas universidades, pode-se retratar uma imagem de incapacidade, mencionada no Darwinismo social, como a "inferioridade dos povos negros", tal pensamento, totalmente equivocado, pode-se tornar uma barreira para a quebra da segregação racial no Brasil . Por conseguinte, as cotas  recuperam a ideia refutada por toda a ciência moderna, de que a sociedade se divide em "raças", oficializando aquilo que se quer combater.     Portanto, entende-se que a criação do sistema de cotas no Brasil esta inteiramente ligada a má formulação educacional e a fatores históricos. Desse modo, o Estado deverá melhorar o sistema público educacional, remunerando corretamente os profissionais da área de ensino e reestruturando as escolas públicas para melhor incentivo aos alunos, visando ao fim da desigualdade e priorizando a meritocracia. É importante pontuar, que deve-se repensar sobre as cotas raciais e as suas consequências, com a melhora do ensino e seu nivelamento com as redes privadas, o uso da cota racial  pode ser substituída por projetos educacionais que mostrem a  importância do povo negro na historia brasileira. Sendo assim, espera-se que o Estado cumpra com sua tarefas e honre a constituição, amparado pelo principio da igualdade, artigo 5º.