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Enviada em: 02/05/2019

De acordo com a Lei nº 12.711 aprovada em 2012, todas as universidades Federais e Estaduais devem reservar parte de suas vagas para alunos oriundos de escola pública, minorias étnicas e raciais, e cotas sociais. Essas medidas são importantes para mostrar que há uma preocupação sobre a intensa desigualdade no país. Ademais, a convivência entre diversos grupos étnicos ajuda a diminuir os índices de racismo. Além disso, a grande diferença de ensino entre escolas particulares e públicas, demonstram que as oportunidades são distintas, tornando o âmbito acadêmico elitista.            Segundo o professor de Cultura Brasileira Marcos Minuzzi, além da dívida histórica que o país tem com os afrodescendentes por anos de exploração, a lei veio para minimizar as diferenças raciais e socioeconômicas que sempre existiram no Brasil. De 2004 até o 2013, 18,5% dos estudantes que se formaram pela universidade são negros e ingressaram na instituição graças ao sistema. Com isso, observa-se que as cotas raciais, por exemplo, colaboram para a democratização ao acesso acadêmico no país, tornando possível que esses indivíduos possam ascender socialmente e ocupar lugares que durante anos, lhes foram negados.              Outrossim, as diferenças entre as escolas particulares e públicas do ensino básico fornecem, claramente, oportunidades distintas a estudantes de classes sociais diferentes. Sem as cotas sociais, candidatos das classes mais abastadas continuarão conquistando, em larga escala, as vagas nas melhores universidades brasileiras, tornando-as elitistas. Com isso, devido a desigualdade social enfrentada pela maioria da população, é necessário entrar cada vez mais cedo no mercado de trabalho, impossibilitando a dedicação exclusiva desses indivíduos.                Portanto, as cotas nas universidades fundamentais para o processo de inclusão das minorias do Brasil. Logo, é necessário que o Governo junto ao Ministério da Educação, divulgue nas escolas por meio de palestras, a importância das cotas no cotidiano de quem necessita das mesmas. Como também, empresas privadas em suas propagandas publicitarias, devem incluir a presença das minorias, como negros e índios, por exemplo. Assim, a ideia retrógrada imposta pela população mais favorecida, de que as minorias são diferentes, seria eliminada do costume brasileiro.