Enviada em: 10/03/2018

A liberdade do homem        De acordo com Jean-Jacques Rousseau, o homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado. Dito isso, a adoção de cotas é uma medida válida, mas não ideal, para tornar o acesso ao ensino superior mais justo e democrático. Porém, esse grupo de medidas não é aprovado por todos e possui críticos, geralmente com argumentos baseados em conceitos equivocados, como a democracia racial e a meritocracia.        Em primeiro lugar, é necessário esclarecer que a política de cotas é uma medida válida, mas não perfeita, para tornar as universidades públicas mais acessíveis e plurais. Pois, a mesma seria descartável caso não houvesse um abismo entre a qualidade de escolas públicas e privadas; e entre as oportunidades disponíveis a negros e brancos. Logo, sua adoção deve ser vista como uma política paliativa e ser combinada com outras, que visem transformar a sociedade e a educação como um todo.       Por outro lado, há os que confundem a problemática das cotas e as repudia baseados em conceitos como a meritocracia e a democracia racial. Porém, ambas são falhas dado que, não há meritocracia em uma sociedade de condições tão desiguais e a democracia racial é um conceito ultrapassado. Pois, apesar da população miscigenada, acontecimentos como os comentários racistas, feitos na página do Facebook do Bruno Gagliasso sobre a filha do mesmo, não são incomuns.        Concluindo, para tornar o acesso a educação superior mais igualitário e liberar o homem das amarras que o impedem de atingir todo seu potencial, medidas são necessárias. Logo, o Governo Federal deve, por meio de uma lei, estipular uma porcentagem do PIB nacional para ser dirigido aos estados e municípios, de forma a financiar a modernização na estrutura das escolas e atualização do salário dos professores. De maneira que a educação gratuita de qualidade elimine a necessidade da existência de cotas e dê a população meios para compreender que conceitos como a meritocracia e a democracia racial, são dúbios.