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Enviada em: 03/09/2018

O Brasil enfrentou longos anos de escravidão de negros. Ela foi extinta, porém as práticas discriminatórias ainda são realidade nos dias atuais. Na contramão desse cenário, as políticas públicas voltadas para a inclusão de negros em cursos de nível superior engatinha de forma lenta, mas já contribuem para mudar a vida de milhares de jovens negros de classe social mais pobre. Logo, as cotas nas universidades devem ser a maior fonte de investimento do Governo Federal para transformar a conjuntura nacional.             Segundo o artigo 205 da Constituição de 1988, a educação é direito de todos e dever do Estado. Nesse sentido, o poder público deve não só garantir uma educação pública aos cidadãos, mas também incentivar o acesso à ela. Prova disso são os períodos de início e meio do ano quando abrem as inscrições para estudantes através do Enem, Prouni e Fies, todos meios para destinar estudantes a cursar universidades, tanto públicas quanto particulares. No entanto, o incentivo ao estudante negro vindo de escola pública precisa ser mais efetivo, visto que há pouca adesão às vagas. Logo, é necessário que os estudantes fiquem mais cientes de seus direitos.                Thomas Hobbes, teórico político inglês, dialoga acerca da necessidade de um governo e uma sociedade fortes para formar uma nação. Nesse sentido, quando a coletividade não usufrui das cotas nas universidades de forma ampla, a máxima hobbesiana perde força, porque as consequências da pouca adesão às cotas são a marginalidade, a violência e a pobreza contínuas. Dessa maneira, com a sociedade enfraquecida, as perspectivas de mudança social propostas através das cotas são diminuídas. Portanto, a sociedade tem papel fundamental diante das políticas governamentais.              Urge, por tudo isso, uma ação conjunta entre Ministério da Educação, escolas públicas e União, com aporte financeiro, no tocante à publicar em outdoors perto das escolas e nos centros das cidades, divulgar em rádios e TV aberta, propagandas acerca das iniciativas do governo sobre cotas nas universidades, como forma de incentivar estudantes a cursarem o ensino superior, visando aumentar o conhecimento das propostas governamentais e assim aumentar a adesão dos estudantes. Além disso, a coletividade, junto de ONGs que militam nessa área, deve pressionar o Governo Federal para mudar o cenário da pouca adesão às cotas, através de passeatas e manifestações, visando, assim, agilizar o processo e fortalecer a nação.