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Enviada em: 11/03/2018

Uma problemática bastante pertinente, atualmente, é a política de cotas nas universidades. Isso, porque diversas pessoas acreditam que o tema se opõe à ideia de meritocracia e desempenho individual. Porém, certamente, as cotas são uma maneira de seguir o princípio da equidade, já que vive-se numa sociedade em que as diferenças de oportunidades são alarmantes. Então, o que pode ser feito para mudar os ideais desses indivíduos?         Diante disso, equidade consiste na adaptação  de oportunidades, de modo que fatores naturais e imutáveis, como nascer em família pobre, ser deficiente físico ou ter condições de vida insatisfatórias, se ajustem a elementos mais favorecidos, socialmente, que são o acesso a escolas particulares ou condições de vida favoráveis. A política das cotas é uma maneira de seguir esse princípio, já que, obviamente, existe uma diferença crítica entre os ensinos público e privado. Enquanto este possui melhor infraestrutura, mais investimentos financeiros e professores qualificados e, em suma,tem mais vantagens educacionais, aquele não tem a devida atenção do governo. Assim, torna-se uma escola  com poucos profissionais capacitados, de estrutura insatisfatória, desprovida de muitas salas de aula e outros recursos. Nisso, entra a importância das cotas: equiparar as duas realidades, adaptando as oportunidades de ambas, para que, assim, haja mais igualdade de oportunidades para os alunos que concorrerem em processos seletivos.        Infelizmente, no entanto, várias pessoas acreditam que tal abordagem acaba sendo desvantajoso para a qualidade de ensino e pesquisa, nas universidades.Isso ocorre, porque o cotista seria aprovado com uma nota menor do que o não cotista, nos vestibulares e exames, sendo menos preparado para suas atribuições. Contudo, de acordo com pesquisas realizadas pela Universidade do Rio de Janeiro(UERJ) e pela Universidade de Minas( Unicamp), os aprovados pelo sistema de cotas, nas faculdades, tiveram um desempenho melhor do que os não cotistas. Os estudos mostraram que 49% dos cotistas foram aprovados em todas as matérias curriculares, contra 47% dos discentes do sistema regular. Assim, as cotas não vão de encontro à ideia de mérito e esforço individual, mas, sim, reafirmam a ideia de que todos são capazes de conquistar seus objetivos e metas pessoais.       Portanto, o tema em discussão apresenta-se como sendo uma medida inclusiva, que segue os princípios de equidade. Por isso, é necessário que as pessoas tenham em mente  essa questão. Campanhas socioeducativas podem ser ministradas, em escolas e universidades, financiadas pelo estado, apresentando os dados abordados e os ideais de equidade. Some-se a isso propagandas e outdoors, para que o público atingido seja mais amplo, e a temática, mais discutida.