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Enviada em: 12/03/2018

Um monstro chamado desigualdade                               É inegável que o Brasil é o país das desigualdades. Seja na educação, no mundo do trabalho ou no esporte sempre há um grupo de privilegiados que tem acesso as melhores oportunidades. Nesse sentido, buscando tornar o processo seletivo para universidades públicas menos desigual, as cotas são de longe um artifício indispensável para a inclusão social.                       Infelizmente, a concentração de melanina no tecido epitelial de um jovem brasileiro ainda é um critério decisivo para o seu futuro. Com quase 300 anos de escravidão nas costas, o negro canarinho tem em sua mente expectativas de vida que na maioria das vezes se resumem a um mero empregado ou até mesmo um aliciado do crime. Entretanto, as políticas de ações afirmativas raciais alteram essa realidade dando ao menor abandona do uma oportunidade de ter um currículo com ensino superior.                       Além disso, as cotas desempenham um papel importante nos processos seletivos para as universidades públicas: asseguram o mínimo de igualdade possível entre os concorrentes. Enquanto um adolescente membro das classes mais altas possui recursos para ter uma educação de qualidade e ainda fazer cursos pré-vestibulares, um garoto pobre está preso há um realidade onde a educação pública é deteriorada, possuindo ao seu dispor os mínimos recursos possíveis para uma preparação onde a prova exige o máximo de si.                                                                               Dessa forma, as cotas são, portanto, um método democrático e indiscutivelmente necessário em um país que parece ser a representação mais viva das inúmeras desigualdades.