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Enviada em: 14/03/2018

A inserção dos marginalizados     Relativo as cotas nas universidades estatais, é válido salientar que está é uma prática de inclusão bastante válida, tendo em vista que a sociedade, de modo geral, discrimina negros e pobres, que são os beneficiados por essa política. Além disso, a deficiência do ensino nas escolas públicas aumenta ainda mais a discrepância desse grupo social em relação àqueles que possuem condições econômicas de pagar por um colégio privado. Todavia, existem críticos desse mecanismo , que argumentam que as cotas irão inserir pessoas despreparadas nas universidades.    Ser afrodescendente e possuir uma condição socioeconômica difícil são quase que sinônimos no Brasil, quando se nasce assim você já está fadado ao fracasso, não é atoa que os presídios estão abarrotados de pessoas desse extrato social. Dificilmente, negros e pobres conseguiriam cursar o nível superior, haja vista dos problemas enormes de falta de investimentos na educação de nível fundamental e médio. Isso impossibilita o ingresso nas concorridas universidades federais.    Sendo assim, sem possuir diploma de ensino superior, quase nunca se encontra um emprego de boa remuneração e que lhe permita ascensão social. Desse modo, as cotas nas universidades públicas não são uma forma de agradar quem vive marginalizado, mas sim de trazê-los para o centro da sociedade.    Esses que conseguem adentrar nos cursos superiores das universidades públicas tendem a serem mais eficientes do que aquele que entram sem as cotas. Isso é o que mostra uma pesquisa da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) junto com a UNICAMP (Universidade de Campinas), feita em 2010, onde a porcentagem de alunos cotistas reprovados era menor do que aqueles não-cotistas.    É necessário, portanto, que se continue com essa forma de inserção dos negros e pobres nas universidades públicas, mas também o Estado, através do Ministério da Educação, aumente seus investimentos nas áreas de educação fundamental e média, para que desde pequenos os alunos se sitam motivados e também para fazer com que no futuro a discrepância entre os colégios públicos e privados decaiam de tal forma que o sistema de cotas não seja tão imprescindível para inserção social como é atualmente.