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Enviada em: 24/03/2018

Em meados da década de 1930, durante a Era Vargas, a educação primária tornou-se pública e obrigatória no Brasil. Nesse momento, teve-se a impressão de que a formação educacional dos brasileiros melhoraria e que isso seria um mecanismo na busca da igualdade de oportunidades no país. Entretanto, passados cerca de 85 anos, o ensino público tornou-se ineficaz na formação das pessoas e, como maneira e inclusão das minorias sociais nas universidades e no mercado de trabalho, foram criados sistemas de cotas que a médio e longo prazo diminuirão as desigualdades sociais na sociedade brasileira.  Entre os anos de 1550 e 1850, quando foi assinada a Lei Eusébio de Queiroz, milhões de negros africanos foram trazidos da África ao Brasil para realizarem trabalho escravo, seja na colheita de cana-de-açúcar, café, mineração, entre outros. Esse momento histórico de extrema exploração impôs à população negra uma situação de escassez de oportunidades de crescimento social e financeiro que que está em vigor até os dias atuais. Logo, compreende-se que, além de justa, é necessária a criação de cotas para negros em universidades como forma de pagamento da dívida histórica construída por anos no Brasil   Sabe-se que o sistema público de ensino brasileiro, na maioria das vezes,está em larga desvantagem em relação às escolas privadas. Como consequência disso, alunos que não tem condições de pagar para estudar em colégios particulares encontram-se em posição de desprivilégio em relação a parte da sociedade. Nesse sentido, justificam-se as cotas para pessoas carentes e vindas de escolas públicas.    De acordo com pesquisas realizadas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 2010, alunos cotistas tem melhores desempenhos nas faculdades quando comparados aos não cotistas. Esse estudo prova que a inclusão de minorias sociais nas grandes universidades brasileiras não diminui a qualidade de ensino nem desprivilegia as instituições nacionalmente e internacionalmente.     Portanto, conclui-se que as cotas são mecanismos de inclusão e diminuem as desigualdades sociais no Brasil. O governo brasileiro deve aumentar o número de vagas para cotistas nas universidades públicas, aumentando a presença de minorias sociais nas faculdades e com isso essas pessoas terão mais oportunidades de ascensão social. Além disso, o Estado deve criar propagandas e documentários em TV, rádio e internet que mostrem à população as origens das desigualdades sociais e o motivo da necessidade de criação de cotas. Dessa forma, as pessoas terão maior consciência sobre as desigualdades brasileiras, os preconceitos diminuirão no país e a sociedade do Brasil será mais homogênea.