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Enviada em: 25/03/2018

Segundo o filósofo norte-americano John Rawls, o destino das pessoas deve depender apenas de suas escolhas, e não das circunstâncias em que por acaso se encontram. Embora ninguém mereça ter seus sonhos frustrados pela raça ou grupo social, a melhor saída não seriam as políticas afirmativas nas universidades. Dessa forma, é fundamental observarmos o ensino nas escolas públicas e o acesso à educação superior.     A baixa qualidade do ensino nas escolas públicas é o principal motivo do grande número de estudantes não garantirem uma vaga na universidade. Isso acontece porque, não há um investimento significativo na área, como a qualificação dos profissionais, implementações pedagógicas e melhorias das estruturas, também é importante o constante acompanhamento no rendimento escolar para buscar soluções de avanços na educação. Em decorrência disso, as desigualdades só aumentam em relação a quem tem acesso a uma educação efetiva nas escolas particulares.    Além disso, nota-se, ainda, que a quantidade de vagas para o acesso à educação superior é extremamente baixa comparada ao grande número de candidatos. Isso acontece porque, mais uma vez o investimento na educação não é o ideal e o aumento no número de alunos demanda mais capital para tal área. Na Argentina, por exemplo, a Universidad de Buenos Aires - que possui uma excelente qualidade de ensino - é obrigada a aceitar qualquer aluno que tenha aprovação nas disciplinas básicas do curso escolhido, sem ter a necessidade de adotar políticas afirmativas raciais e/ou sociais.    Torna-se evidente, portanto, que a questão de cotas nas universidades é um retrocesso. Em razão disso o Estado, em parceira com o Ministério da Educação, deve implantar medidas para a melhoria na qualidade de ensino público, como a contratação de gestores qualificados nas escolas públicas para que desenvolvam estratégias educacionais e alcancem o nível de escolas particulares, e também diminuir de forma progressiva a restrição ao número de vagas na educação superior. Dessa forma, o Brasil poderá ter um grande avanço a nível educacional e ser referência em todo o mundo.