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Enviada em: 25/03/2018

Desde o Iluminismo, compreende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o sistema de cotas, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para a sociedade.    É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, "A política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade". De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, se auto-declarar rompe essa harmonia, haja vista que se não existir alguma lei específica que comprove a etnia do candidato pode colocar em risco a vaga de quem realmente se enquadra nas cotas raciais, tendo em vista que um terço das universidades públicas denunciam fraudes nas cotas raciais.      Outrossim, destaca-se a educação precária como impulsionadora da problemática. De acordo com Immanuel kant, "O ser humano é aquilo que a educação faz dele". Segundo essa linha de pensamento, observa-se que se o governo investisse seriamente nas escolas e na capacitação de seus professores, o ensino seria difundido com qualidade de modo igual a todos, podendo ter um equilíbrio nas vagas das universidades públicas. Entretanto medidas são necessárias para resolver o impasse.         É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que vise à construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério da Justiça junto a Polícia Civil deve criar leis específicas que exija uma comprovação étnica do candidato, cabendo a Polícia Civil investigar se esses processos estão ocorrendo corretamente. Como já dito pelo ex presidente da África do sul Nelson Mandela, "A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo". Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por professores capacitados, que discutam o combate as fraudes de cotas, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.