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Enviada em: 28/03/2018

Com a inserção da ideia de raça e a diferenciação advinda da mesma, conflitos começaram a surgir, como exemplo, o conflito entre tutsi e hutus, em Ruanda na África, tido como o maior genocídio civil. Além disso, o preconceito histórico racial e a acentuação da pobreza dificultam o acesso a vários meios, entre os quais, a educação. Diante disso, à alternativa, como política paliativa emergencial, de cotas, faz-se necessária.    É evidente que o sucateamento do ensino público é um dos fatores que acentuam as desigualdades. Com isso, cria-se um abismo entre aqueles que desfrutaram de uma educação privada de qualidade e aqueles que dispõem do ensino público precário. Portanto, até que se consiga uma equidade, através de investimentos na educação de base, políticas públicas sociais, de caráter igualitário, são necessárias.     Ademais, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), os jovens negros são as maiores vítimas de homicídios. Assim sendo, torna-se evidente que o fator racial é constitutivo de diferenciação. Vivemos, segundo o sociólogo Florestan Fernandes, numa sociedade que cultiva o racismo escamoteado, velado. Desse modo, por simples diferenciação da epiderme, as possibilidades de acesso ao trabalho, educação entre outros direitos, é prejudicada.   Dessarte, é imprescindível a necessidade de reverter esse quadro. Logo, o maior investimento na educação de base, por parte do Ministério da Educação, visando reduzir as diferenças entre o ensino médio público e o privado, faz-se necessário. Além do mais, as cotas sociais e raciais devem ser implementadas, pelo governo, como medidas paliativas, servindo até que se conquiste uma maior igualdade de ensino e, assim, democratizando o acesso a universidade. Há também, a necessidade de combate ao racismo, com um maior rigor na observância das leis e, assim reduzir e desmistificar a prerrogativa que, mesmo desmitificada pela ciência, impera, no subconsciente dos indivíduos.