A quebra da diferença em função da igualdade As diferenças raciais e sociais são construções padronizadas historicamente por uma sociedade que herdou características escravocratas e desiguais. A Lei de Cotas nas universidades foi instituída na tentativa de extinguir as diferenças no acesso da educação de nível superior por jovens negros e pobres. O negro, em seu histórico, sempre foi alvo de violência e exploração. Os navios negreiros - grandes embarcações que traziam negros da África para as colônias de exploração europeias - são exemplos de que o negro, em sua construção histórica, passou por grandes aflições, moldando assim, sua imagem implantada na sociedade atual. O que gera uma grande diferença de tratamento e em sua posição social. Ademais, o governo não utiliza suas estratégias e verbas para o financiamento de uma boa educação pública. O negro e o pobre, por não possuírem condições de acesso às escolas privadas, onde encontrariam uma melhor qualidade de ensino, acabam se colocando em posições inferiores no quesito educacional na hora de realizarem os vestibulares e tentarem ingresso em grandes Universidades. Entretanto, a massa surge com um pensamento crítico baseado no argumento de meritocracia, onde os que mais possuem inteligência e capacidade são os que tem direito de conseguir a tão desejada vaga na Universidade dos sonhos. Porém, estudos realizados pela Universidade de Brasília em 2016, mostram que, apesar dos negros e pobres possuírem uma base educacional fraca em relação a massa de poder aquisitivo maior, eles ainda conseguem superar as estatísticas da mesma com relação ao desempenho na faculdade. O que mostra que o discurso de meritocracia é uma falácia. Urge, portanto, a necessidade de melhoria da educação pública e implantação de mais vagas por cotas afirmativas nas Universidades. O governo federal, em parceria com o ministério da educação, deve investir mais na educação pública básica do país, capacitando mais os professores da rede e necessita ampliar as vagas de cotas afirmativas nas Universidades através da abertura de novas vagas. Com isso, ampliaria os índices de escolaridade pública em relação as escolas privadas e também colocaria o pobre e o negro em uma posição de igualdade com relação ao estudante de escola particular.